Brasil é o país com mais óbitos pela varíola dos macacos, após 8ª morte

Segundo a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais, um homem de 33 anos com comorbidade, morador de Divinópolis, morreu no sábado (22)

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O Brasil registrou a oitava morte por varíola dos macacos e, com isso, figura como o país com maior número de óbitos pela doença no atual surto em todo o mundo.

Segundo a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais, um homem de 33 anos com comorbidade, morador de Divinópolis, morreu no último sábado (22). Ele estava internado em Belo Horizonte.

Assim, o estado mineiro tem, no total, três mortes registradas. Foi lá que ocorreu o primeiro óbito pela doença no país, no final de julho.

A pasta acrescentou que há também a suspeita de um quarto óbito causado pela doença e que este caso ainda está em investigação.

Brasil é o país com mais óbitos pela varíola dos macacos, após 8ª morte - Foto: Reprodução

Até então, o país tinha o maior número de mortes por varíola dos macacos fora da África. Naquele continente, a Nigéria listava sete mortes, número que o Brasil registrava desde 15 de outubro, quando ocorreu o sétimo óbito em um hospital particular em Santos, litoral de São Paulo.

Alguns sintomas iniciais da varíola dos macacos são, febre, mal-estar e dores no corpo. Após isso, é comum o aparecimento de lesões pelo corpo do paciente. A transmissão ocorre principalmente no contato com essas feridas. Embora mais raras, outra forma de transmissão é por vias aéreas.

Óbitos pela doença são raros e ocorrem principalmente em grupos de maior risco, como crianças e pacientes imunossuprimidos.

A vacinação é uma ferramenta para evitar novos casos da doença e, consequentemente, barrar possíveis novas mortes. Até o momento, o Brasil adquiriu cerca de 50 mil doses, mas só conta com 9.800 em território nacional -elas chegaram ao país em 4 de outubro.

O Ministério da Saúde optou por realizar um estudo, em parceria com a OMS e a Fiocruz, para medir a efetividade da vacina na vida real. A população elegível para receber as primeiras doses seriam aquelas que tiveram exposição a um caso confirmado ou suspeito de varíola dos macacos. Pessoas que fazem tratamento contra o HIV ou são adeptas da Prep (Profilaxia Pré-Exposição) também compõem o grupo primário.

Enquanto o público alvo já foi definido, os locais de aplicação estão sob análise do ministério. Conforme a pasta, os critérios para escolha consideram as cidades com elevados casos de varíola dos macacos e a disposição de infraestrutura para realizar a pesquisa.

SAMUEL FERNANDES - SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) 

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