Brasil é segundo maior consumidor de cocaína no mundo, diz estudo

5,6 milhões de adultos e 442 mil menores, que têm entre 14 e 17 anos, admitiram ter consumido a droga na forma de produtos derivados

Estudo diz que Brasil é segundo maior consumidor de cocaína no mundo | Sudoeste Digital
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Uma pesquisa divulgada na última quarta-feira (28) mostra que  o Brasil é o segundo maior consumidor mundial de cocaína e seus derivados, ficando atrás apenas dos Estados Unidos. 

A segunda edição do Relatório Nacional de Álcool e Drogas, elaborado pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), diz que 5,6 milhões de adultos e 442 mil menores, que têm entre 14 e 17 anos, admitiram ter consumido o entorpecente na forma de produtos derivados como crack, óxi e merla.

"Nosso estudo mostrou que o país é o segundo maior mercado de cocaína e seus derivados no mundo. O número absoluto de usuários no Brasil representa 20% do consumo mundial", afirmou o psiquiatra Ronaldo Laranjeira, que coordenou a pesquisa.

Entre os que reconheceram ter consumido a droga no último ano, 2,6 milhões são adultos e 244 mil são adolescentes. A pesquisa realizada pela Unifesp entrevistou um total de 4.607 pessoas com mais de 14 anos de idade, por meio de questionários aplicados em residências de 149 municípios do país.  Segundo os dados, 5,1 milhões de adultos e 316 mil adolescentes usaram a cocaína alguma vez; enquanto 1,8 milhões de adultos e 150 mil adolescentes fumaram algum dos derivados da droga.

O estudo mostra ainda que 2 milhões de brasileiros fumaram crack ou merla em alguma ocasião e que 1,2 milhões fez uso no último ano. O consumo foi três vezes maior em áreas urbanas do que em áreas rurais, e muito concentrado (46%) no Sudeste.  

Laranjeira acrescenta que o crack é atualmente a maior preocupação das autoridades por causa da grande taxa de mortalidade: quase um terço dos consumidores morre em um prazo entre cinco e dez anos. "Nenhum país no mundo tem 1 milhão de consumidores de crack", afirmou.

No topo da lista tem Estados Unidos, com 4 milhões de consumidores no último ano, seguido por Brasil (2,8 milhões), os demais países sul-americanos (2,4 milhões), Reino Unido (1,1 milhões), Espanha (0,8 milhões) e Canadá (0,5 milhões). 

 

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