Brasil irá produzir aparelhos de radioterapia em 2018, diz Governo

Investimento irá ampliar o tratamento de câncer

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O Ministro da Saúde, Ricardo Barros, anunciou na última quinta-feira (20) que a partir de fevereiro do ano que vem, o Brasil irá começar a produzir equipamentos de radioterapia. A notícia foi dada durante a entrega de um aparelho ao Hospital Universitário de Brasília (HUB).

Uma das principais motivações para o investimento em  radioterapia  deverá ser a economia. "Isso vai baratear o custo de manutenção, que hoje é em dólares, com técnicos vindos do exterior e peças vindas do exterior. Teremos técnicos no Brasil e peças com preço em moeda nacional para a manutenção desses aparelhos", apontou Barros.

Atualmente, o Sistema Único de Saúde ( SUS ) possui 283 aparelhos de radioterapia em todo o Brasil, conforme informou o Ministério da Saúde. De acordo com a pasta, em 2016 foram realizados 26,5 milhões de procedimentos de radioterapia, quimioterapia e cirurgias oncológicas, além dos exames preventivos de mamografias e papanicolau. Em 2017, de janeiro até agora, foram registrados 8,15 milhões de procedimentos realizados.

Brasília

O aparelho entregue ao HUB é capaz de realizar 43 mil sessões de radioterapia por ano, o que ajuda a ampliar o atendimento em até 25%. Após a conclusão da obra e o início da operação do equipamento, a pasta deve repassar a verba de custeio anual de R$ 1,8 milhão à unidade.

A entrega faz parte de uma iniciativa do Plano de Expansão dos Serviços de Radioterapia, que desde 2014 previa a instalação de 80 aparelhos em todo o País. Segundo o ministério, esse número agora foi alterado para 100 equipamentos.

Tratamento

Todo paciente com câncer deve se submeter ao primeiro tratamento no Sistema Único de Saúde (SUS) no prazo de até 60 dias contados a partir do dia em que for firmado o diagnóstico patológico. O atendimento é assegurado pela lei e deve ser executado conforme a necessidade terapêutica do caso, registrada em prontuário único.

"Esperamos avançar muito rapidamente na oferta de serviços até para cumprir a Lei dos 60 dias, que não temos podido cumprir por falta de infraestrutura", afirmou o ministro. "Mas estamos avançando o mais rápido que podemos para poder ofertar às pessoas mais serviços e serviços mais perto das pessoas, possibilitando novas instalações onde o cidadão viaje menos para ser atendido”, completou.

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