A brasileira Rebecca Câmara, de 25 anos, relatou ter escapado por 20 minutos da tragédia no Bairro de Itaewon, em Seul. Ela disse ao Estadão que aguardava com as amigas na calçada oposta ao Hamilton Hotel, onde o episódio teve início.
Rebecca, que trabalha como modelo, optou por ficar do lado oposto por achar que o lugar da festa estava muito lotado. "Eu pedi para ficarmos na calçada oposta porque estava muito lotado e a gente não ia conseguir sair nem andar direito", disse.
"Se a gente tivesse atravessado 20 minutos antes, como as meninas (amigas) queriam, estaríamos no meio da multidão, e sabe Deus o que poderia ter acontecido", conta, e explica que o grupo decidiu então caminhar pelo sentido contrário ao local da tragédia. Um pouco mais tarde, relatou, começou a observar o grande número de ambulâncias, carros de polícia e de bombeiros.
Segundo a brasileira, a festa de Halloween é muito popular e costuma atrair multidões na mesma direção. "As pessoas vão sendo empurradas. Fica tipo um bloco de Carnaval", afirma a modelo, e acrescenta que os participantes costumam se aglomerar nas ruas estreitas do bairro. Ao menos 153 pessoas morreram e mais de 150 ficaram feridas neste sábado (29), na Coreia do Sul, ao serem esmagadas por uma multidão que avançava em uma rua estreita durante as festividades de Halloween.
Essa é a maior tragédia em tempos de paz na Coreia do Sul desde que a balsa Sewol afundou, em 2014, e matou mais de 300 pessoas.