Brasileiras desaparecidas são achadas mortas em poço em Portugal

As jovens estavam desaparecidas desde janeiro deste ano

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Foram encontradas mortas dentro de um poço, nesta sexta-feira (25), próximo a um aeroporto em Tires, em Cascais, Portugal, três brasileiras que estavam sumidas desde janeiro deste ano. 

Elas são as irmãs mineiras Michele Santana Ferreira, 28 anos, que estava grávida, Lidiana Neves Santana, 16 anos, além da amiga delas, a capixaba, Thayane Miila Mendes, 21 anos.

A mãe das irmãs, Solange Santana Leite, 50 anos, afirmou que recebeu a notícia da morte das filhas através de uma amiga que mora em Portugal.

— Elas, infelizmente, foram encontradas mortas. Minha amiga que está em Portugal me ligou para avisar, mas a polícia ainda não encontrou em contato comigo — lamentou a mãe: — Como você acha que uma mãe estaria ao saber que duas filhas e um neto estão mortos? Estou em choque. É muito difícil.

A mãe das duas irmãs afirmou que no momento não tem como deixar o Brasil e seguir para Portugal buscar o corpo das filhas e disse que pretende contar com ajuda da amiga para resolver toda a burocracia.

A filha mais velha de Solange, que estava grávida de 3 meses, já morava em Lisboa há 9 anos junto com um namorado brasileiro com quem mantinha um relacionamento. 

Segundo informações, Michele teria convidado a irmã mais nova para morar com ela no final do ano passado, e em janeiro a amiga delas também viajou para o país. Segundo a mãe das irmãs, depois que a amiga chegou lá não teve mais contato com as jovens.

A mãe disse ter procurado o companheiro da filha para saber notícias. 

— Ele disse que elas estavam bem e que iriam para Londres. Ele disse que Michele tinha largado o emprego e saído do Facebook para não ser encontrada pela ex-patroa. Mas eu desconfio dessa história — contou Solange, cuja filha mais velha trabalhava como faxineira no país europeu.

Segundo a mãe das mineiras, o companheiro da filha, poucos dias depois do desaparecimento das mulheres voltou para Novo Cruzeiro, no Vale do Jequitinhonha, onde tem um filho com outra mulher.

— Só ele sabe o que aconteceu com minhas filhas. Ele já foi ouvido pela polícia (brasileira), mas não sei o que ele pode ter contado — contou a mulher, que acrescentou: — Uma amiga contou que ele costumava ser agressivo com a Michele.

Em maio, o Itamaraty informou que acompanhava o caso desde fevereiro. Segundo as informações obtidas pelo órgão, as jovens teriam planos de ir para Londres, mas não havia registro nem da saída delas de Portugal, nem da entrada no Reino Unido.

O nome das mulheres chegou a ser incluído no sistema de alerta da imigração da polícia inglesa e da Interpol.

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