Brasileiros cruzam fronteira para abastecer a R$ 3,10 na Argentina

Nos últimos dias, 90% dos clientes eram brasileiros, em Porto Iguaçu, na Argentina, cidade ligada a Foz do Iguaçu, no Paraná.

Brasileiros enfrentam fila por combustível mais barato na Argentina | Foto: Giovani Zanardi/RPC
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São muitos os brasileiros que estão cruzando a Ponte Tancredo Neves e enfrentado fila para abastecer em Porto Iguaçu, na Argentina. É uma forma de economizar. O município é ligado ao Brasil por Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná.

Segundo consumidores, o combustível é encontrado no país vizinho com valor que equivale a metade do preço no Brasil. Em um dos postos procurados pelos brasileiros, o litro da gasolina super, que corresponde à aditivada no Brasil, custava o equivalente a R$ 3,10.

Em Foz do Iguaçu, o preço médio do litro da gasolina é R$ 6,14, segundo a Agência Nacional do Petróleo (ANP).

Em filas, brasileiros aguardam para abastecer mais barato na Argentina - Foto: Giovani Zanardi/RPC 

Metade do preço

"Hoje vale a pena porque o combustível é praticamente metade do valor do nosso combustível no Brasil. Desde que abriu a ponte estou vindo para cá abastecer", disse o motorista de aplicativo Miro Parnoff.

No Brasil, a gasolina acumula alta de 73,4% em 2021. Foram onze aumentos desde janeiro. Para o brasileiro João Ferreira, nem a fila para fazer teste de Covid na aduana argentina e nem tempo de espera na fila o desanimaram a buscar a gasolina mais barata. A alta procura de brasileiros por combustíveis pegou os donos dos postos de surpresa, em Porto Iguaçu.

Brasileiros cruzzam fronteira e abastecem na Argentina - Giovani Zanardi/RPC 

Brasileiros no posto

Em um deles, por exemplo, segundo a gerente, 90% dos clientes nos últimos dias eram brasileiros. Por isso, chegou faltar combustível nas bombas.

O risco de ficar sem combustível fez os argentinos também entrarem na fila. Alguns acabam levando combustível para casa no galão.

"Faz dois dias que não havia combustível. Agora tem uma enxurrada de brasileiros, lhes convém pelo preço que está aqui, por isso termina mais rápido o combustível", contou o motorista argentino Juan.

Para organizar o atendimento, os postos têm fila pra argentino e para brasileiro.

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