É um fenômeno incomum, porém recorrente: muitos brasileiros têm dinheiro esquecido em diferentes lugares. Existem valores à espera de seus donos no Sistema de Valores a Receber (SVR) do Banco Central, no Fundo Garantidor de Créditos (FGC) e também nas administradoras de consórcios. Em 2023, o montante de recursos não procurados (RNP) em consórcios aumentou em 15%, alcançando R$ 1,93 bilhão ao final do ano.
DE ONDE VEM ESSES VALORES?
Esses recursos não procurados incluem valores financeiros pendentes de devolução aos cotistas de grupos de consórcio encerrados. Geralmente, são oriundos de saldos residuais, fundos de reserva e, em alguns casos, também abrangem créditos principais.
Esses dados são parte do Panorama do Sistema de Consórcios (PSC), publicado anualmente pelo Banco Central, que oferece uma análise abrangente desse segmento.
Segundo o relatório, apesar do significativo montante de recursos devolvidos através do Sistema de Valores a Receber em 2023, totalizando R$ 1,45 bilhão, a retirada de valores via SVR apresentou uma queda de 3,5% em comparação ao ano anterior.
COMO RESGATAR OS VALORES?
Os valores podem ser consultados e solicitados diretamente às administradoras de consórcio. Em caso de dúvida, é importante que o cotista ou seus representantes consultem o SVR, criado pelo Banco Central, para verificar a existência desses recursos.
A administradora de consórcio define a documentação necessária para resgatar os valores. Para solicitações via Sistema de Valores a Receber, basta seguir os procedimentos em Valores a Receber (bcb.gov.br).
Os valores são corrigidos desde a data em que se tornaram disponíveis, utilizando geralmente os mesmos índices da aplicação financeira escolhida pelo grupo de consórcio.