O goleiro Bruno Fernandes, condenado a 22 anos e três meses de prisão pelo desaparecimento e morte de Eliza Samudio, pode perder uma redução de cerca de um ano e três meses em sua pena por causa de uma briga dentro da Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, na Grande BH.
O jogador se envolveu em uma confusão com um colega de trabalho na lavanderia do presídio no dia 1º de abril, e acabou impedido de trabalhar por tempo indeterminado. Pelo trabalho, além de um salário mensal de R$ 508, o jogador também recebia um dia de remissão de pena para cada três dias de serviço.
Nas contas do promotor de Justiça do caso Eliza Samudio, Henry Wagner Vasconcelos, o jogador poderia conseguir a progressão de pena para o regime semiaberto em meados de 2018. Levando apenas o período de aproximadamente cinco anos em consideração, caso Bruno trabalhasse sete vezes por semana, ele poderia conseguir cerca de 450 dias de remissão na pena, aproximadamente um ano e três meses.
Conforme o advogado do condenado, Tiago Lenoir, a briga "não passou de um mal-entendido", e "breve, breve" o jogador deverá voltar a trabalhar no presídio. A Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds), informou que Bruno está sujeito a um processo pautado pelo Regulamento Disciplinar Prisional, que é o código de disciplina do presídio, podendo pegar de 10 a 30 dias de advertência, ou, no pior dos casos, pode perder o direito a receber visitas e trabalhar no presídio.
Apesar disso, Lenoir acredita que a situação está sob controle.
? A defesa teve contato com ele [Bruno], mas não vê gravidade na situação.
Segundo a Seds, Bruno, que foi transferido de pavilhão por conta do incidente, está suspenso de suas atividades por um período indeterminado. O processo não tem prazo para começar e nem para terminar.