'Buraco Azul' no Ceará é interditado por conter vestígios de explosivos

O local que fica em uma pedreira desativada virou ponto turístico, mas não é seguro, segundo apontam autoridades.

Buraco Azul | Reprodução
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O "Buraco Azul", encontrado em Juazeiro do Norte, no Ceará, será interditado a partir deste sábado (18), segundo informou a Autarquia Municipal de Meio Ambiente de Juazeiro do Norte (Amaju). 

O lugar ganhou destaque por ter suas águas claras em tons verde e azul, que remetem ao "Buraco Azul" em Cruz, cidade no Litoral-Oeste do Ceará, e tem atraído diversos banhistas. Contudo, conforme especialistas que visitaram o local, a cor da água é originada por componentes químicos presentes em explosivos para explorar rochas de uma mineradora desativada. Essas substâncias são prejudiciais à saúde.

"Buraco azul atraiu dezenas de banhistas, mas água é imprópria para banho |  FOTO: Reprodução

Local impróprio para o banho

Segundo o diretor do Departamento de Trânsito de Juazeiro do Norte (Demutran), Ednaldo Moura, o local já está isolado para evitar que mais pessoas frequentem o lugar. O diretor do Demutran reforça que a água é tóxica e altamente perigosa para a saúde.

"O lugar está com acesso proibido e isolado. As autoridades já descobriram que essa água é inapropriada para o banho e a água é tóxica. Altamente perigosa. A água foi contaminada por produtos químicos que provocaram as explosões. A Autarquia de Trânsito trabalha junto com a Secretaria da Segurança de Juazeiro do Norte e com a Polícia Militar. Reforço que esse é um espaço particular".

Empresa notificada

O tenente coronel do Corpo de Bombeiros, Noberto dos Santos, afirma que o dono da pedreira desativada precisa se identificar e como a gestão municipal reforçar que a área é imprópria para o lazer.

A Autarquia Municipal de Meio Ambiente de Juazeiro do Norte encaminhou o ofício para o responsável pelo local e solicitou que seja realizado o cercamento e fechamento da área com portão com fechadura ou cadeado, de modo para evitar que a população viole a propriedade privada; que seja realizada a instalação de placas de entrada proibida e risco de acidente no local, alertando que a área não é adequada para recreação e lazer, e que seja providenciado órgãos de segurança pública para ordenamento do local.

"É recomendável que as pessoas não façam o uso do local. Pedimos também que o responsável pelo lugar tome consciência desta situação e isole a área, informando para os visitantes não fazerem o uso daquela área. Se ele um dia pretender usar o lugar público, que procure a prefeitura municipal da cidade, principalmente profissionais ligados ao meio ambiente, para certificar e se possível homologar ou não aquela área, verificar a questão da água e liberar ou não".

Com informações do g1

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