O cão que virou notícia neste final de semana após aparecer em um vídeo que viralizou nas redes sociais seguindo um veículo na Avenida Miguel Rosa, no Centro de Teresina, não foi abandonado e já vivia em situação de rua há muito tempo. A informação é do delegado Emir Maia, titular da Delegacia do Meio Ambiente, que segue investigando o caso.
Em entrevista ao Meionorte.com, o delegado explicou que a pessoa que fez o registro não teve a cautela de atentar-se que o cachorro não saiu do carro ou teria sido deixado naquele local. Ele teria seguido o veículo porque o condutor do veículo seria uma das pessoas da redondeza que lhe dava comida. Após o vídeo ser colocado na internet, logo viralizou e gerou uma grande revolta.
“Quem fez as imagens não teve a cautela de atentar que o cachorro não saiu do carro. Ele seguiu o carro de lado porque como ele foi abandonado, ele foi adotado por pessoas da redondeza, essa pessoa, que lhe dava comida, desceu do carro e depois retornou ao veículo. Essas informações foram confirmadas ontem por volta das 23 horas. Ele não foi abandonado. Há muito tempo ele vivia em estado de abandono”, explicou.
Ainda de acordo com o delegado Emir Maia, o cão passou por exames e será encaminhado a um lar temporário. Já o condutor do veículo, que ainda não tinha passado o carro para o seu nome, será ouvido apenas amanhã por medo de represálias.
“Ele vai ser ouvido amanhã, porque ele está temeroso por ameaçadas nas redes sociais. O condutor do veículo foi quem adquiriu o veículo de uma mulher, só que não passou para o seu nome, que é quem está mais temerário. Ela não precisará ser ouvida. O caso está esclarecido e como foi instaurado um inquérito policial, quando o laudo chegar e concluirmos as oitivas, vamos encaminhar o caso para a justiça solicitando o arquivamento”, finaliza.
A protetora Raíssa Rocha, mais conhecida como Raíssa Protetora, publicou um vídeo em suas redes sociais na tarde desta segunda-feira (17), conduzindo o cachorro para seu lar temporário, após ele ter sido submetido a exames. No registro, a ativista ainda reiterou a versão que descarta o abandono.
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