Eles são pequenos, mas causam estragos enormes e podem gerar queimaduras até de segundo grau. Os potós, do nome científico Paederus Irritans, surgem normalmente nos períodos mais quentes do ano. Em Teresina, mesmo depois das últimas chuvas, o calor favorece a permanência ainda constante dos insetos nos lares de muitas famílias.
Fábio de Jesus, anualmente, é vítima da ação dos potós. Dessa vez, ele foi atingido na boca e sente dificuldade para comer. A lesão, causada pelo ácido, deixa a pele avermelhada se a queimadura for de primeiro grau. No caso de Fábio, ela foi de segundo grau. ?Estou com bolhas na boca e sinto dores?, declara.
A preferência dos potós são as áreas mais quentes do corpo, como as dobras do pescoço e junções dos braços e pernas. Os dermatologistas indicam que, após ser atingido pelo inseto, não é indicado passar manteiga ou pasta de dente. Em algumas situações, os especialistas podem receitar pomada para queimadura ou medicação oral, como antibióticos.
Cuidados simples podem evitar a ação dos insetos. Antes de dormir, é importante olhar bem a cama e o teto à procura deles. Em casas onde houver bebês, a atenção tem que redobrada. Se a pessoa ver o momento em que o inseto estiver na pele, lavar o local imediatamente com água faz a substância ser diluída e impede que o ácido cause queimaduras.
A proliferação dos potós é causada pelo desequilíbrio ecológico. Quando os predadores naturais desses insetos são eliminados devido o desmatamento, eles acabam migrando para a cidade.
Como a maioria dos insetos, os potós são atraídos pela luz branca. Portanto, deve ser dada preferência às lâmpadas que emitam feixes de luz amarela. Mosquiteiros nas camas e nos berços das crianças, bem como telas nas janelas também são indicados.