Poucas vagas de estacionamento têm dificultado a vida de quem precisa estacionar o carro na região do Centro de Teresina. Essa dificuldade anda acompanhada com o custo de pagar estacionamentos caros ou mesmo os "flanelinhas", que cobram taxa dos motoristas que estacionam em vias públicas.
Segundo o Departamento Estadual de Trânsito do Piauí (Detran/Pi), Teresina possui, atualmente, mais de 360 mil veículos. Somente nos últimos 10 anos, a quantidade de carros quase triplicou, com 140% de aumento.
Com base nestes dados, é evidente que quem precisa resolver algo ou mesmo fazer compras em diversas regiões e, especialmente no centro da cidade, tem razão ao reclamar.
O vereador Edilberto Borges, o Dudu (PT), afirma que algumas ruas do centro de Teresina, onde é permitido estacionar, devem servir como espaço público de estacionamento, mas na realidade todos os pontos estão loteados.
"Você paga para não ter seu carro avariado", comenta ao destacar que uma audiência pública para discutir o problema acontecerá na primeira quinzena do mês de agosto. Nela, será feita uma proposta de sistematização do estacionamento, como já existem em algumas capitais do país.
"Primeiro vamos propor um mapeamento das ruas do Centro, para se ter noção da quantidade de vagas. Depois, um cadastro selos flanelinhas (quem são, de onde são?), porque só vai poder olhar o carro quem estiver cadastrado. Assim a sociedade terá garantia de segurança", acrescenta.
Polyano Salustiano é flanelinha há um ano em frente à Prefeitura. Ele conta que existem muitas dificuldades para quem exerce este trabalho e é preciso sempre ficar de olho no carro dos "clientes".
"Muitos querem riscar e até arrancar as placas para clonar", alerta, ao frisar que os flanelinhas não cobram um valor fixo, vai das pessoas se querem dar algum trocado ou não.
Mesmo com os estacionamentos público e privado, ainda faltam vagas para estacionar. Joelmir Francisco percorreu várias ruas do Centro para encontrar uma vaga que custasse menos que o valor cobrado nos estacionamentos privados.
"Se estivesse de moto era mais fácil achar, mas de carro é difícil. E é o jeito pagar, nem que seja pouco, para não ter o carro riscado", disse o montador de móveis.