Sandra Dias, presente na Audiência da Maternidade Evangelina Rosa realizada nesta quarta-feira, 25, garante que foi uma das vítimas da instituição. Ela garante que perdeu um filho por não fazer uma cesariana.
A Audiência foi idealizada pela Câmara Municipal para tratar das dificuldades da maternidade. Denúncias de sujeiras, atendimento ruim, falta de espaço físico e até superlotação foram alvos do evento.
A proposta é da vereadora Teresa Brito (PV). ?A estrutura está precária, os problemas internos são muito grandes na alimentação, nos centros cirúrgicos e nos relacionamentos internos das equipes. É preciso que essa melhoria avance porque a população está sofrendo, principalmente as mães?, disse ela.
?Comigo aconteceu negligência médica como aconteceu com várias outras pessoas. A doutora achou por bem não fazer a minha cesariana. Eu tenho um problema de saúde muito raro e muito sério que me impede de ter parto normal, então o meu parto foi forçado e a minha filha morreu na barriga.?, disse ela ao afirmar que está de posse de toda a documentação necessária sobre o caso assinada por todos os médicos.
A referida documentação, segundo Sandra Dias, já foi entregue à Polícia Federal.
Os problemas são reconhecidos pela direção. ?O maior trabalho de um gestor da maternidade, é colocá-la funcionando devidamente 24 horas por dia, 365 dias por ano de portas abertas para receber todos os casos que chegar, e a gente tem que receber. Nós não podemos fazer a paciente voltar, nós temos que atender?, afirmou o diretor da Maternidade, Francisco Martins.