Imagens do circuito interno de segurança do prédio onde o jogador da Portuguesa Rafael Silva, de 20 anos, morava com Flávia Anahy de Lima, de 16, mostram o desespero dele minutos após a queda da adolescente do 15º andar. As câmeras flagraram Silva entrando no elevador muito afobado e se debatendo. Depois, no saguão do prédio, ele aparece correndo em direção ao local onde o corpo de Flávia foi encontrado.
O incidente aconteceu na madrugada do último domingo (31) no prédio onde o casal morava na Vila Carrão, zona leste de São Paulo. A morte foi registrada a princípio como suicídio, mas agora a polícia trabalha com a hipótese de morte suspeita. Um inquérito foi instaurado e os policiais aguardam o laudo da perícia, que encontrou o apartamento do casal todo revirado e com sinais de briga.
Segundo a psiquiatra especialista na área criminal, Junes Melles Megre, as gravações- que serão anexadas ao inquérito policia - podem ser favoráveis ao atleta. Para ela, a reação de Silva é um indício de que a morte não foi premeditada.
- Ele mostra desespero e passa realmente uma autenticidade nesse sentimento. A face dele é de desespero, de uma pessoa que está se dando conta de uma situação e que não se conforma [...] Isso tudo mostra que esse rapaz não é um frio de sentimentos.
marcas de sangue na parede, além de uma cama e do interfone quebrados. Em depoimento dado à polícia, o jogador disse que o sangue é decorrente de um machucado provocado por uma caixa de som que Flávia teria arremessado contra ele.
Segundo a delegada responsável pelo caso, Elizabete Sato,a realização da reconstituição da morte está descartada por enquanto. Ela afirmou que a polícia precisa ouvir mais depoimentos e recolher mais provas para que os rumos da investigação sejam definidos.
Versões
Duas primas de Flávia disseram em depoimento à polícia que a adolescente já tinha ameaçado se jogar caso o jogador a deixasse. A história foi confirmada por uma outra prima ouvida, que também afirmou que Flávia já teria tentado se jogar da janela do apartamento durante outra briga do casal.
Os pais da adolescente, Carlos Francisco Lima, 42 anos, e Luara Adriana de Lima, 38 anos, rejeitaram a hipótese de suicídio. Segundo eles, o casal brigava com frequência e a garota sempre aparecia com hematomas. Apesar dos sinais em seu corpo, a menina nunca admitiu aos pais que era vítima de violência doméstica.
O advogado de Rafael Silva, Giusepe Fagotti, reafirmou em entrevista à Rede Record a versão do jogador de que a adolescente teria se jogado. Ele disse que seu cliente tem se mostrado muito disposto a ajudar nas investigações.
Vídeo mostra imagens de jovem antes de queda de prédio em SP por RedeMeioNorte no Videolog.tv.