Vários caminhões utilizados nos trabalhos de capina e varrição de Teresina foram colocados na frente da Prefeitura da capital, em um protesto dos donos dos caminhões, que afirmam que estão sem receber pagamento há pelo menos dois meses. Alguns veículos foram posicionados de forma a bloquear a rua Coelho Rodrigues, via que serve de acesso à Avenida Maranhão, forçando os demais carros a desviar para ruas próximas.
Nos caminhões e caçambas foram colocadas faixas, cobrando um posicionamento por parte da PMT. Calcula-se que mais de 90 caminhões de coleta de material orgânico estejam parados, penalizando o serviço de limpeza da capital.
Os motoristas queixam-se de dificuldades financeiras e afirmam que já encontram dificuldades até mesmo para abastecer os veículos.
?Nenhum posto quer mais saber da gente?, resumiu o motorista Manoel Messias. ?O lixo está aí, acumulando, e não temos mais como trabalhar nesta situação. É uma vergonha?, disse o trabalhador. Outro motorista que também participou do protesto e que relatou dificuldades é Luiz Bezerra da Silva.
?Sabemos que esses caminhões precisam de manutenção constante, mas nem as casas de peças e nem as borracharias querem mais nos atender por falta de pagamento. Isso não pode acontecer. Tiramos nosso sustento desse trabalho. Tenho que pagar prestações, e hoje minha casa não tem nem mesmo gás para cozinhar, porque ainda não pude comprar?, disse Silva.
O presidente da Associação dos Caminhoneiros, Raimundo Xavier da Silva, disse que não houveram avanços significativos até agora nas conversas com a PMT. Até o começo da tarde de ontem, ainda não haviam prazos determinados para a regularização dos pagamentos, mas os caminhoneiros continuavam na frente da sede da PMT, com a expectativa de conversar com o prefeito Elmano Férrer. ?Só vamos encerrar os protestos quando uma solução for mostrada?, disse Xavier.