A Campanha de Vacinação contra a Poliomielite e Multivacinação foi prorrogada até o dia 30 de novembro. Em Teresina, até o momento, apenas 39,26% das crianças pertencentes ao público alvo – com idades entre um ano e quatro anos, 11 meses e 29 dias – foram vacinadas. Diante disso, a Fundação Municipal de Saúde (FMS) faz um apelo para que pais e responsáveis levem seus filhos para receber a gotinha.
A diretora de Vigilância em Saúde da FMS, Amariles Borba, destaca a importância de se manter a cobertura vacinal contra a paralisia infantil, doença erradicada no Brasil mas que ainda registra casos em outros países do mundo. “Contamos com a colaboração de todos para mudar o cenário. Sem vacinar as crianças contra poliomielite o perigo do vírus da chegar e adoecer as pessoas é grande. É uma doença grave, a pessoa pode ficar com lesão nos membros para o resto da vida ou morrer”, explica.
Ela cita a morte recente de Paulo Henrique Machado, paciente que morava há 51 anos no Hospital das Clínicas de São Paulo em decorrência de sequelas da poliomielite, que o tornaram dependente de aparelhos para sobreviver. “Podemos, portanto, verificar que se trata de uma doença grave, perigosa e que pode trazer consequências gravíssimas para a saúde. E isso pode ser evitado com duas gotinhas de vacina”, disse a diretora.
A rede municipal de saúde dispõe de 68 Unidades Básicas de Saúde (UBS) com vacina disponível à população. O esquema vacinal de poliomielite é composto, atualmente, por duas vacinas: a injetável aplicada em três doses aos dois, quatro e seis meses de vida da criança, e a vacina oral aplicada aos 15 meses e aos quatro anos. A medida está de acordo com a orientação da Organização Mundial da Saúde (OMS) e faz parte do processo de erradicação mundial da pólio.
A poliomielite, também chamada de pólio ou paralisia infantil, é uma doença contagiosa aguda causada pelo poliovírus, que pode infectar crianças e adultos. Em casos graves, pode levar a paralisias musculares, em geral nos membros inferiores, ou até mesmo à morte. A vacinação é a única forma de prevenção. Não existe tratamento específico para a poliomielite. Todas as pessoas contaminadas devem ser hospitalizadas para receber tratamento de acordo com o quadro clínico.