Com o objetivo de levar conhecimento e informação sobre os sintomas e problemas urinários, a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) promove em setembro a campanha "Urinar assim, é normal?". Durante cinco meses, várias ações estarão espalhadas por cinco capitais brasileiras: São Paulo, Recife, Porto Alegre, Belém e Goiânia. Uma web série com médicos especialistas da SBU, um hotsite, postagens em redes sociais, vinhetas de rádio e até informações importantes impressas em sacos de pão fazem parte dessa iniciativa de conscientização.
A escolha dessas cidades se deu por conta de serem alvo do estudo "Brasil LUTS", que traz dados sobre o comportamento do brasileiro em relação aos sintomas do trato urinário inferior. Dados do estudo revelam que aproximadamente 50% das pessoas entrevistadas (entre homens e mulheres) relatam que seus sintomas urinários geram incômodo significativo. A qualidade de vida, nesse caso, é afetada por distintos fatores, como físicos (limitações ou interrupções de atividades físicas), psicológicos (baixa autoestima, depressão, medo do odor da urina), sociais (redução da interação social, necessidade de planejar viagens e limitação no deslocamento distante de banheiros), domésticos (roupas íntimas especializadas, precauções com roupas), sexuais (fuga do contato sexual e intimidade) e ocupacionais (absenteísmo e redução de produtividade).
Entre os principais problemas relatados na pesquisa, estão a bexiga hiperativa, a incontinência urinária e os sintomas urinários associados à hiperplasia benigna da próstata. A bexiga hiperativa resulta do aumento da sensibilidade da bexiga, durante a fase do seu enchimento com urina. Entre os seus principais sintomas, destacam-se a necessidade súbita e urgente de urinar, o aumento da frequência de micção, urinar a noite e a perda de urina (incontinência urinária). Esses sintomas atingem cerca de 25% dos homens e das mulheres, conforme dados da pesquisa. Já a incontinência, caracterizada pela perda de urina involuntariamente, pode ser um sintoma de bexiga hiperativa ou ocorrer com o esforço (tossir, espirrar, exercícios físicos). Os índices de incontinência urinária chegam a 15% nos homens e 45% nas mulheres.