Uma mulher, identificada como Hellen Galeno, que concorria a um cargo de Analista Judicial e Oficial de Justiça, no concurso do Tribunal de Justiça do Piauí (TJ-PI), informou que foi eliminada do certame pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), com a justificativa de ter fraudado o concurso, mas, segundo ela, nunca foi ouvida, nem chamada pela Polícia Civil para prestar qualquer tipo de esclarecimente.
Hellen Galeno, fez um post em seu facebook onde se disse surpresa e revoltada quando descobriu sobre sua eliminação. "A justificativa da eliminação é o subitem 15.26, ter fraudado o concurso. A surpresa com tamanha injustiça e arbitrariedade foi imensa. Nunca fui sequer intimada pra prestar algum esclarecimento e fui eliminada, arbitrariamente, sem ter qualquer envolvimento e provas contra minha pessoa", postou ela.
O presidente do Tribunal de Justiça do Piauí, o desembargador Raimundo Eufrásio Filho informou na última quarta-feira (30), durante entrevista coletiva, que não vai anular o concurso do TJ-PI. Ele declarou, na ocasião, que o inquérito policial resultou em sete volumes e nele não há nenhum elemento para anular o concurso, porque todos os envolvidos foram, de uma forma ou de outra, identificados e não serão beneficiados com isso. Segundo o prsidente foram eliminados 50 candidatos envolvidos na tentativa de fraude.
A Ordem dos Advogados do Brasil, secção Piauí, (OAB-PI), a provou na quinta-feira (31) uma comissão especial para analisar a legalidade do concurso do TJ-PI.
Os advogados terão quinze dias, após o recebimento, para analisar o inquérito da Polícia Civil e apresentar um relatório ao Conselho Seccional para que a OAB-PI tome seu posicionamento diante do fato.