Um cão da raça Afghan Round foi batizado de "Fênix" após ser praticamente "dado como morto" ao ser encontrado abandonado em um barracão em Tatuí (SP). Descartado pela ex-dona, que disse que havia enjoado dele, o animal estava infestado de carrapatos e desfalecido. Só após 15 dias de tratamento ele passou a se recuperar e, hoje, é guardião de um canil que tem pelo menos 35 cães abandonados.
São histórias de abandono e maus-tratos como a de "Fênix" que fizeram a aposentada Sílvia Helena Gonçalves a adotar mais de 30 cães abandonados das ruas de Tatuí. Ela criou um espaço dividido e organizado especialmente para os animais. Sílvia é ex-fundadora da Sociedade Piracicabana de Proteção aos Animais (SPPA).
“Os animais são meus filhos de quatro patas. Acredito muito no que a Bíblia diz: que o fôlego de vida dos cães é o mesmo dos seres humanos. Eles têm alma. Para onde vai o ser humano, também vai o animal”, acredita. Fênix foi encontrado em 2011 e há quatro anos vive com Sílvia. Ela conta que só conseguiu se levantar depois de duas semanas de tratamento.
“Ninguém conseguiu adotá-lo, pois ele é muito bravo. O recebi com três anos e hoje ele tem sete anos. O problema é que ele perdeu a confiança no ser humano, que só o maltratou. Hoje, ele me obedece, consigo tratar dele e alimentar normalmente. Fênix ainda tem como função guardar o canil em que mora e zelar pelos outros moradores”, afirma Sílvia.