A jornalista Cinthia Lages flagrou em matéria apresentada nesta quinta-feira (05/07) no Jornal Agora, na TV Meio Norte, um paciente sendo atendido do lado de fora da portaria do Hospital Getúlio Vargas (HGV). Ele estava recebendo soro na veia agachado e ao lado de uma lixeira, sem a assistência de nenhum enfermeiro ou médico do HGV. Do lado de dentro um paciente em uma maca agonizava na recepção, um retrato do quadro de superlotação e do caos que se tornou o maior hospital público do Piauí.
O diretor do HGV, médico Noé Fortes, afirmou que informou em entrevista ao meionorte.com que a superlotação do pronto socorro é um reflexo da falta de uma rede de hospitais nos bairros que atendam a ocorrências de baixa complexidade. ?Para se ter uma idéia, o HGV é o único hospital em um raio de 400 km que atende ocorrências de ortopedia. É preciso que se desenvolva um movimento para valorização dos hospitais de bairro, que tem que atender a todos os tipos de ocorrência?, afirmou Noé Fortes.
O diretor do HGV condenou os atendimentos feitos em meio a lixeiras descobertas na recepção do hospital, mas não alardeou o problema por entender que as lixeiras da recepção recebem apenas papel, sem perigo para os pacientes do HGV.
Noé Fortes disse que a solução para o problema da superlotação é dar estrutura para os hospitais de bairro e transferir o Pronto Socorro do HGV para o Pronto Socorro Municipal.