No Alto da Ressurreição, zona Sudeste de Teresina, uma casa foi quase totalmente demolida pela força da chuva. Um rapaz e duas jovens estavam dentro da residência no momento da destruição, mas passam bem. Casas vizinhas também ficaram danificadas, e apresentam risco de desabamento. Os moradores afirmam que a área fica semelhante a um rio quando chove por muito tempo.
Marinara, uma das jovens que estavam dentro da casa, relata que acordou com a água quebrando os fundos da casa e invadindo. Ela e a irmã estavam dormindo e acordaram com a casa já alagada. Quando a estrutura cedeu, o telhado caiu sobre a irmã, e Marinara saiu da casa pela parede, que quebrou. As duas e um jovem foram resgatados do meio dos escombros pelos vizinhos.
A irmã de Marinara machucou as costas, mas passa bem. Por sorte, a energia elétrica havia faltado no momento da tragédia. ?Se tivesse energia, eu não estaria aqui?, disse Marinara. Roupas, móveis e eletrodomésticos foram perdidos. ?Estou usando roupas dos vizinhos, por que não tenho mais?, contou Marinara. Francineide, dona da casa mas que não estava presente, agora espera alguma solução por parte da prefeitura. ?Há 17 anos que é o mesmo problema, e esse ano veio pior?, desabafou.
O major Amorim, da Defesa Civil, disse que ?a orientação do gestor público é dar total atenção a esses casos, depois acionará a SDU da área, para dar apoio às famílias?. Os Bombeiros estiveram no local do acidente, ajudando a retirar tudo o que sobrou dos bens da família dos escombros. ?O que pegamos será colocado em um caminhão que levará para uma casa escolhida pelo morador?, disse o major.
Mauricéia Neves, da SEMTCAS (Secretaria Municipal de Trabalho, Cidadania e Assistência Social) afirmou que a prefeitura já conta com uma estrutura preparada para cuidar das famílias que sofram esse tipo de tragédia, afinal, casos assim aparecem todo ano. ?Temos áreas de risco em todas as zonas da cidade?, disse. Segundo ela, entretanto, as famílias voltam às áreas de risco, por questões familiares e de trabalho. ?Se a situação chegar a um estado crítico, teremos que entrar para retirar essas famílias?, afirmou a secretária.