Casal é preso suspeito de matar filhos com injeção de insulina no DF

Dupla estava foragida desde fevereiro, após Justiça decretar prisão preventiva. Segundo investigação, eles tentaram forjar doença das crianças para arrecadar dinheiro.

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No último domingo (24), a Polícia Civil do Distrito Federal prendeu o casal suspeito de matar os filhos usando injeção de insulina. Os dois estavam foragidos desde fevereiro, após a Justiça decretar a prisão preventiva deles.

De acordo com a corporação, a dupla responde por dois homicídios consumados e mais dois homicídios tentados contra quatro crianças – todas filhas do casal. A Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), em apoio com a Divisão de Operações Aéreas, localizou os suspeitos depois um mês de intensas buscas.

Casal é preso suspeito de matar filhos com injeção de insulina no DF — Foto: Polícia Civil do DF/Divulgação

Em outubro de 2017,  eles tentaram forjar um quadro de hiperinsulinismo congênito – doença que faz o pâncreas produzir o hormônio em grande quantidade – em um bebê de 2 meses para arrecadar dinheiro com comoção popular. Dois irmãos da criança morreram com o diagnóstico em 2016. Na época, a família apelou por ajuda em redes sociais alegando que não recebia auxílio do Estado. A situação também foi denunciada pelo Ministério Público.

Investigação

A suspeita ocorreu durante a internação do bebê de 2 meses no Hospital Universitário de Brasília (HUB) e foi investigada pela equipe da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA). A criança deu entrada na unidade de saúde em junho de 2017, depois de uma convulsão.

Imagem de câmera de segurança de hospital do DF do momento em que mãe teria aplicado insulina em bebê — Foto: Reprodução


Os médicos conseguiram reverter o quadro, mas decidiram investigar o caso após os pais relatarem ter tido mais três filhos (incluindo os dois que morreram) com a doença.

Para os profissionais, os resultados dos exames foram incoerentes. Uma nova investigação foi realizada e apontou que o quadro era "proposital". Para preservar o bebê, o Conselho Tutelar foi acionado. Além disso, o menino foi encaminhado à Unidade de Cuidados Intermediários Neonatais (Ucin), onde o acesso da família era limitado.


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