Rebecca Lyra, de 27 anos, comemora o Dia das Mães ao lado da filha, de 8 anos, e da companheira, Bárbara Amaral,de 32 anos. O casal, que começou a se relacionar há quatro anos, rebate o preconceito e tenta conciliar compromissos profissionais e tarefas de casa.
Rebecca conta que quando conheceu Bárbara já tinha Sofia, filha fruto do seu primeiro casamento. Hoje, a criança mora com o pai e a mulher dele, mas a guarda dela é compartilhada entre os dois.
“Ela [Sofia] sabe da nossa relação e leva tudo muito numa boa. Cresceu sabendo, então não tem problema nenhum com isso. Ela até gosta de ter três mães", revela Rebecca.
As duas trabalham em uma rede de lojas de óculos e , apesar das viagens de trabalho, encontram tempo para cuidar da filha. “Gostamos de ir ao cinema, de levar nosso cachorro Draco a praia, e também para a Rua Fechada. Eu amo a forma como vivemos, amo a relação da Sofia com a Bárbara. Amo os momentos que estamos juntas”, acrescenta Rebecca.
E engana-se quem pensa que as duas baixam a cabeça diante do preconceito. “Algumas pessoas estranham, ficam olhando disfarçadamente. Na verdade, a gente releva. Faz de conta que nada aconteceu, vai embora e nunca mais volta. Não adianta a gente se estressar com isso. Infelizmente, a gente vive em uma sociedade extremamente preconceituosa, onde a minoria tem que se adequar ao meio”, afirmou.
E elas sabem bem o significado da palavra mãe: “Ser mãe é ter a oportunidade de ter um sentimento único e inexplicável. É descobrir riqueza nas coisas mais simples, como em um pedacinho de papel com 'eu te amo' em letras tortas. É saber que sua vida tem uma razão maior e um alguém para amar incondicionalmente até o último dia”.