Um casal de empresários de Goiânia viajou mais de 62 mil quilômetros de carro, passando por 16 países em três continentes. Amandio Palhares e Joselle Pinheiro da Costa ficaram mais de um ano e três meses na estrada, dentro de uma caminhonete adaptada com cama, banheiro e cozinha. A viagem é parte da realização de um sonho que Amandio tem de dar a volta ao mundo sobre quatro rodas.
Segundo ele, a experiência mais rica da expedição a bordo da caminhonete foi contar com a ajuda de desconhecidos, com cultura completamente diferente da vivida pelo casal.
“Lugares bonitos têm em todo lugar do mundo, isso é fato. Mas uma viagem desta só é possível com as pessoas. Nós precisamos todos os dias de um lugar para parar, dormir, pegar água, às vezes usar energia. A experiência foi magnífica, um sonho”.
Amandio e Joselle saíram de Goiânia no dia 8 de novembro de 2016 e chegaram em Goiânia na última sexta-feira (9). O roteiro começou em São Paulo, onde participaram do Salão do Automóvel ao longo de 10 dias. No dia 18 do mesmo mês saíram para a expedição, com uma caminhonete Chevrolet S-10 equipada com tudo o que precisavam para se manter.
De acordo com Armandio, o rota inicial era: Malásia, Tailândia, Mianmar, Índia voltando por Mianmar e pela Tailândia em direção a o Camboja até chegar em Laos. No entanto, quando chegaram à Tailândia, o casal se deparou com as fronteiras para Mianmar fechadas, e resolveram incluir a China e Austrália.
Se para muitos viajar é sinônimo de encher o passaporte de carimbos e a memória com lugares maravilhosos, para Amandio e Joselle a aventura significou, além disto, uma mudança de olhar e de postura diante do mundo. O empresário destacou que, se fosse necessário resumir o aprendizado da experiência em uma palavra, falaria “humildade”.
“Eu tive o sonho de viajar pelo mundo quando certa vez, há 17 anos, eu conheci uma pessoa que estava consertando a moto para fazer uma volta ao mundo. Eu perguntei quanto tempo ele levaria, quanto ele precisava e quando ele voltaria. Ele não tinha resposta para nenhuma das perguntas, isso me intrigou e me deixou curioso para viver.”