Caso Thor Batista: processo por atropelamento pode ter reviravolta

Thor Batista se sentará pela primeira vez no banco dos réus no dia 12 de setembro

Thor Batista sai da delegacia de Xerém após prestar depoimento sobre o atropelamento | Reprodução
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O processo que Thor, filho do empresário Eike Batista, responde pelo atropelamento de um ciclista na BR-040 (Rio-Petrópolis) pode sofrer uma reviravolta. Pelo menos é o que espera a defesa, já que uma nova análise do acidente será produzida. Um pedido para a realização de exame que ateste a distância entre o local do acidente e a serra, feito pela defesa, foi negado, mas o relatório da perícia já feita será analisado por novos assistentes técnicos, que apresentarão um parecer sobre o caso.

A participação dos novos assistentes técnicos está no despacho publicado no dia 1º de agosto pela juíza Daniela Barbosa Assumpção de Souza, da 2ª Vara Criminal de Duque de Caxias. A juíza argumentou, para negar a realização da medição, que o dado não tem importância para a solução do caso.

?Não se mostra plausível a realização de nova perícia, uma vez que, na forma da promoção do Ministério Público, os dados indicados são vagos e a prova técnica, pelo menos em princípio, não guarda relevância para o deslinde da causa?, escreveu no despacho.

Para o advogado Celso Vilardi, que defende Thor, no entanto, a medição tem relevância.

? A perícia que eu pedi era apenas para verificar a medição da distância entre a serra e o local do acidente. Isto pode ser feito com outras ferramentas. O próprio Google é capaz de medir esta distância. O pedido foi indeferido, mas não estou impedido de adicionar este dado aos autos, então estou satisfeito com a decisão ? garantiu Vilardi.

Thor Batista se sentará pela primeira vez no banco dos réus no dia 12 de setembro. A data da audiência de instrução e julgamento do caso foi marcada pela Justiça. Enquanto não é julgado, o filho do empresário recuperou o direito de dirigir, em uma decisão da Justiça, em segunda instância, que atendeu ao pedido dos advogados. Thor foi obrigado a passar por aulas de reciclagem, precisou fazer uma nova prova e foi multado.

Leia na íntegra o despacho da juíza:

?Trata-se de requerimento do réu para que seja deferida a assistência técnica, bem como de realização de nova perícia que deveria atestar a distância existente entre o final da Serra de Petrópolis e o local estimado do acidente. O Ministério Público manifestou-se sobre o pedido em fls. 304 verso. Defiro a admissão dos assistentes técnicos indicados, bem como o prazo único de 20 dias para apresentação de parecer sobre o acidente. Por outro lado, não se mostra plausível a realização de nova perícia, uma vez que, na forma da promoção do Ministério Público, os dados indicados são vagos e a prova técnica, pelo menos em princípio, não guarda relevância para o deslinde da causa. Nesse sentido, indefiro a diligencia pleiteada, não havendo óbice, porém, quanto à nova formulação do pedido se, da prova carreada aos autos durante a instrução, extrair-se a necessidade da sua produção, o que se vislumbra por ora. Entrementes, defiro o requerimento do Ministério Público (fls.305), uma vez que se trata de perito que assinou o laudo técnico de fls.117/118. Intime-se para a audiência já designada. Anotem-se, onde couberem, os nomes dos assistentes técnicos admitidos. Intimem-se as partes.?

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