O presidente da CBF, Ricardo Teixeira, disse ontem que "muito mais do que segurança", "o fator aeroporto é o primeiro, o segundo e o terceiro grande problema" da Copa de 2014 no Brasil. Teixeira participou, em Fortaleza, do debate sobre segurança em grandes eventos, que teve como principal foco o Mundial.
O painel encerrou o 4º Congresso Nacional de Delegados de Polícia Federal, realizado nos quatro últimos dias. Questionado sobre quais problemas em relação aos aeroportos o preocupavam, Teixeira, que inicialmente não queria conceder entrevista à imprensa, disse: "Não preciso nem te responder". O presidente da CBF se referia às longas filas que se acumulam nos serviços de imigração, uma passagem obrigatória para o torcedor que desembarcará para assistir aos jogos no Brasil.
Diante da afirmativa, o diretor-geral da Polícia Federal, Luiz Fernando Corrêa, disse que o gargalo não está em sua instituição, cujo trabalho foi informatizado e ganhou reforço de pessoal para agilizar o atendimento. "O que há é, principalmente em função do fuso horário, uma concentração no fluxo de voos. Precisamos achar uma solução sistêmica", declarou o diretor-geral.
Por meio de sua assessoria de imprensa, a Infraero disse que "seus usuários terão os serviços garantidos por ocasião da Copa e que R$ 7 bilhões serão investidos em obras em 16 aeroportos que têm ligação com as cidades que sediarão os jogos". Questionado sobre se o Comitê Organizador Local da Copa teria uma alternativa ao Morumbi, diante das críticas que têm sido lançadas ao projeto paulista, Teixeira falou:"A senhora deve perguntar a São Paulo. Eles que indicaram o Morumbi. Para nós, vale o Morumbi". O presidente da CBF disse estar certo de que os prazos tratados para a construção e a adequação dos estádios serão cumpridos.