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O Dia dos Pais também foi marcado pelas homenagens dos filhos cujos pais já faleceram. Os visitantes encontraram os cemitérios limpos e puderam prestar as homenagens com calma, pois o fluxo de pessoas no local estava a baixo do esperado.
Em um dos cemitérios mais conhecidos de Teresina, o São Judas Tadeu, zona Leste. os visitantes fizeram uma homenagem coletiva aos pais falecidos em uma pequena cerimonia religiosa na capela dentro no cemitério, onde rezaram e cantaram cânticos religiosos.
A professora Conceição Araújo, há 15 ano vai ao cemitério prestar homenagens ao pai e conta que nunca deixou de ir visitá-lo no Dia dos Pais. "Sempre venho ver meu pai, principalmente nessa data de hoje e Dia dos Finados. Acho importante vir homenagear aqueles que já foram, ainda mais sendo um ente tão querido como o pai.", conta.
A senhora ainda diz estar decepcionada com os jovens atualmente, pois não vê nenhum deles indo visitar nem o pai ou parente já falecido. "É uma pena que a juventude não dê valor a essas pessoas que estão aqui. Hoje só vemos pessoas com mais de 40 anos visitando seus pais, acho que eles estão perdendo os valores", enfatiza.
Aproveitando o movimento nos cemitérios, alguns ambulantes vendem flores e caixas de velas e segundo eles, o Dia dos Pais é o menos lembrado entre as datas em que há visitação de parentes falecidos. O vendedora Tatiane Dias vende flores há anos na porta do cemitério São Judas Tadeu, e diz que apesar do movimento não ser grande consegue vender bem o seu produto. "No Dia dos Pais aqui é mais tranquilo, só conseguimos vender bem, pois não tem concorrência. Os outros vendedores vêm mais no Dia de Finados e Dia das Mães. Mas os visitantes sempre compram flores para homenagear os seus parentes", conta.
Para o vendedor de velas Antônio Nilton Vieira, o Dia dos Pais está cedo cada vez mais esquecida pelos filhos com pais já falecidos. "Eu estou aqui neste mesmo ponto, desde 1982 e vejo que o movimento no Dia dos Pais não é mais tão frequentado como antes. Lembro que vinha uma multidão, hoje, o movimento está muito menor e geralmente só pessoas mais velhas vem aqui", relata.