Centenário da Cripta da Catedral da Sé recebe homenagem dos Correios

Inaugurada em 1919, a cripta da Catedral Metropolitana Nossa Senhora da Assunção e São Paulo foi a primeira parte concluída do novo templo na reformulada Praça da Sé

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Os Correios lançam, nesta quinta-feira (5), a emissão comemorativa “100 Anos da Cripta da Catedral da Sé”, em evento na Catedral Metropolitana de São Paulo, às 13h, após a missa celebrada pelo cardeal arcebispo do Estado, Dom Odilo Pedro Scherer.

Inaugurada em 1919, a cripta da Catedral Metropolitana Nossa Senhora da Assunção e São Paulo foi a primeira parte concluída do novo templo na reformulada Praça da Sé – que substituía o antigo largo de mesmo nome, quatro vezes menor. A nova praça integrava um conjunto maior de ações da prefeitura de São Paulo que tinham o objetivo de adequar a cidade ao seu crescimento desordenado, fruto do sucesso da economia do café.

Espécie de capela subterrânea, a cripta acolhe os túmulos dos bispos e arcebispos que governaram São Paulo ao longo desses 274 anos de história (a partir de 1745 como diocese, com território desvinculado da Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro, e desde 1908 como arquidiocese). Estão no local os restos mortais de bispos como Dom Duarte Leopoldo e Silva, que foi o primeiro arcebispo de São Paulo e conduziu a elaboração do projeto e os primeiros passos das obras da nova catedral, e de Dom José Camargo de Barros, morto num naufrágio que foi imortalizado em tela do pintor paulista, Benedito Calixto.

Como acontece com as milenares catedrais europeias, a cripta de São Paulo também tem a presença de outros personagens muito importantes para a história da cidade e do país. Estão sepultados nela, por exemplo, os restos mortais do cacique Tibiriçá, considerado o primeiro cidadão paulistano, e de Diogo Antonio Feijó, que exerceu o cargo de regente do então império brasileiro quando Dom Pedro II era menor de idade.

Sete metros abaixo do nível da Praça da Sé, com piso de mármore quadriculado e teto de tijolinhos a mostra que são marcas de sua arquitetura, a cripta tem, ainda, duas esculturas em mármore Carrara de grande valor artístico. Executadas pelo escultor paulista Francisco Leopoldo e Silva, as esculturas abordam a temática da morte e da ressureição na ótica cristã, a partir das histórias de São Jerônimo e Jó.

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