O Ministério da Saúde anunciou nesta quinta-feira (9) a criação do Centro de Operações de Emergência em Saúde (COE) para Dengue e outras Arboviroses, visando coordenar ações de vigilância epidemiológica, laboratorial e assistencial, além do controle de vetores.
Dengue no Piauí
A medida reforça o compromisso com uma resposta articulada entre governo federal, estados, municípios, instituições científicas e outros setores. Em comparação com o mesmo período do ano anterior, o Piauí registrou uma queda expressiva nos casos prováveis de dengue na primeira semana epidemiológica de 2025: de 88 para 12.
Plano
Como parte das ações de enfrentamento, o Brasil lançou o Plano de Contingência Nacional para Dengue, Chikungunya e Zika, que atualiza a versão de 2022 e prioriza estratégias de prevenção, resposta e adaptação regional. O plano fornece orientações para que estados e municípios desenvolvam iniciativas alinhadas às realidades locais, promovendo o uso de tecnologias inovadoras e a valorização de experiências regionais.
Métodos
Entre as tecnologias implementadas, destacam-se a expansão do método Wolbachia para 40 cidades até 2025, a implantação de insetos estéreis em aldeias indígenas e a instalação de estações disseminadoras de larvicidas, com 150 mil unidades previstas na primeira fase. No Distrito Federal, a iniciativa já está em andamento, com cerca de 3 mil estações implantadas na região do Sol Nascente. Além disso, o uso de Bacillus Thuringiensis Israelensis (BTI) tem sido uma ferramenta importante para monitorar e controlar a disseminação do Aedes aegypti.
Medidas
Outra iniciativa do Ministério foi a recomposição dos estoques de inseticidas e a distribuição de mais de 3 milhões de testes rápidos para diagnóstico de arboviroses, garantindo melhor suporte à rede de saúde. A aquisição de 9,5 milhões de doses da vacina contra a dengue para 2025 foi anunciada como estratégia complementar, embora o foco permaneça na eliminação dos criadouros do mosquito.
Números
Em 2024, o Brasil registrou 6,6 milhões de casos prováveis de dengue e 6 mil óbitos. Já em 2025, até o dia 8 de janeiro, foram notificados 10,1 mil casos prováveis, com concentração de 50% das ocorrências em São Paulo e Minas Gerais. O Sudeste lidera os índices, representando 61,8% do total de casos registrados até o momento.