O código de conduta de como se vestir no trabalho - "dresscode" corporativo - para mulheres segue geralmente a composição de blusa e calça discretas. Nada de decote, saia curta ou algo muito justo.
Mas não era essa a ordem dada a uma funcionária britânica de 22 anos, que trabalhava na loja online Market4Home, no Reino Unido. O seu chefe, Matthew Flynn, obrigava a jovem a trabalhar de jeans justos. O assédio sexual foi levado à justiça, que decidiu compensar a ex-funcionária com £21,7 mil (o equivalente a quase R$ 60 mil).
Segundo relatos ouvidos na corte, Flynn fazia comentários sugestivos sobre os seios e nádegas da jovem diariamente. ?Tudo começou com comentários sobre meu bumbum enquanto eu recolhia pacotes?, contou ela ao tabloide britânico ?Daily Mail?.
?Durante meus dez meses trabalhando na empresa, quase todos os dias eu ouvia um comentário inapropriado sobre o meu corpo e sobre coisas que ele iria fazer comigo?, disse a ex-funcionária, que não quis se identificar.
O então chefe chegou a obrigá-la a usar uma calça jeans que ele mesmo havia comprado. ?Você não pode vestir qualquer outro jeans para trabalhar a partir de agora, porque agora eu tenho algo bonito para olhar?, teria dito.
Flynn chegou a se inscrever nas aulas de ciclismo que a garota frequentava, apenas para se aproximar dela e observá-la. ?Ele geralmente dizia na frente dos meus colegas: ?Eu vou observar o seu bumbum hoje à noite?.
A garota, que mora em Devon, no Reino Unido, acrescentou que ele também costumava dizer o quanto ela era bonita e que fazia os mesmos comentários sobre as mulheres que passavam em frente à janela da empresa. ?Ele parecia obcecado por mulheres jovens e bonitas?.
Apesar de afirmar que execrava os comentários sexistas, a mulher chegou a ser promovida a gerente e recebeu a promessa de que poderia ganhar muito mais dinheiro se os negócios da empresa deslanchassem.