Chuvas torrenciais no sul e leste da Espanha causaram inundações que deixaram ao menos 92 mortos entre segunda e terça-feira, atingindo gravemente a região de Valência. Cerca de 2 mil soldados e equipes de resgate foram mobilizados para operações de busca e salvamento. O governo decretou três dias de luto oficial, enquanto as autoridades continuam os trabalhos e se preparam para possíveis novas enchentes em áreas como a Catalunha.
BUSCAS POR SOBREVIVENTES SEGUEM
Quase todas as mortes confirmadas ocorreram na região de Valência, enquanto a vizinha Castela-La Mancha também registrou uma vítima. As autoridades seguem buscando desaparecidos e preparam-se para declarar a área "altamente afetada por fenômeno natural" para agilizar o envio de recursos. A operação de resgate conta com 344 veículos, helicópteros, um avião e cães farejadores para localizar desaparecidos e corpos.
ALERTA DE NOVOS TEMPORAIS
Chuvas intensas e ventos fortes atingiram a Espanha desde o início da semana, causando inundações em Valência e Andaluzia. Em algumas áreas, choveu mais de um mês em menos de 24 horas, deixando pessoas isoladas e interrompendo serviços de transporte e aulas. As enchentes varreram casas, fizeram carros flutuarem em ruas alagadas e bloquearam acessos ao leste do país.
A Agência Estatal de Meteorologia da Espanha (Aemet) emitiu alerta de novos temporais no nordeste e sudoeste, com previsão de uma tempestade próxima a Cádiz. Na Catalunha, o governo alertou a população sobre o aumento no nível do rio Ripoll e do riacho Rubí, pedindo que evitem deslocamentos na região de Barcelona devido ao risco de enchentes.
LUTO OFICIAL
A tragédia, a maior em vítimas na Espanha desde 1996, gerou grande comoção e solidariedade. O governo decretou três dias de luto, e o Congresso fez um minuto de silêncio pelas vítimas. A família real expressou solidariedade, com o rei Felipe VI afirmando, das Ilhas Canárias, que ainda não é possível estimar o impacto total das chuvas.