Já chega a mais de quarenta, o número de cães mortos após ingestão de petiscos possivelmente produzidos pela empresa Bassar Pet Food. Os casos estão por todo o país. De acordo com a delegada Danúbia Quadros, da Delegacia Especializada em Defesa do Consumidor de Belo Horizonte (MG), onde surgiram os primeiros casos.
Segundo ela, nesta segunda-feira (5), mais um caso de óbito foi registrado na capital mineira. Trata-se do oitavo por suspeita de intoxicação pelo produto. Várias amostras estão sendo periciadas. A primeira delas, já detectou a presença de mono-etilenoglicol, substância tóxica também encontrada no caso da Cervejaria Backer. No caso da cerveja, dez pessoas morreram e várias outras acabaram internadas e com sequelas permanentes.
– Hoje foi registrada mais uma ocorrência citando óbito, além de outras internações. Então, em Belo Horizonte, já são oito casos de mortes, e têm chegado aos meu conhecimento várias outras mortes Brasil à fora. Cerca de 40 até o momento – revela a delegada.
A delegacia, em Belo Horizonte, tem recebido informações de casos de outras cidades de MG e de outros estados também.
Na sexta-feira, Danúbia Quadros já havia falado de registro cães mortos após ingestão dos petiscos em outros nove estados: São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Goiás, Alagoas, Sergipe e no Distrito Federal. Segundo ela, imediatamente após à ingestão do petisco, os cães apresentaram muita sede. Poucas horas depois, vômito e prostração.
Suspeita de contaminação
A princípio os produtos identificados com suspeita de contaminação são o Every Day sabor fígado (lote 3554) e o Dental Care (lote 3467).
A Bassar, por sua vez, disse que está contribuindo para as investigações e acrescentou que contratou um laboratório particular para que também sejam feitas análises dos produtos suspeitos. A empresa disse ainda que entrou em contato com seus fornecedores, para averiguação dos insumos utilizados. Veja o comunicado:
"A Bassar Pet Food informa que interrompeu a produção de sua fábrica desde semana passada até que sejam totalmente esclarecidas as suspeitas de contaminação de pets envolvendo lotes de seus produtos. A empresa também contratou uma empresa de perícia para fazer uma inspeção detalhada de todos os processos de produção e maquinários em sua fábrica, e de todas as matérias primas que compõem o produto final.
De modo preventivo, a companhia está retendo em todo território nacional todos os produtos produzidos em sua planta fabril até que os laudos sejam apresentados.
A Bassar esclarece que ainda não teve acesso ao laudo produzido pela Polícia Civil de Minas Gerais, mas está colaborando totalmente com as autoridades desde o início dos relatos sobre os casos. A companhia está colaborando com as investigações e todas as autoridades para elucidação do caso. A empresa enviou amostras de seus produtos e matérias primas para institutos de referência nacional para atestar a segurança e conformidade dos produtos sob investigação.
Além disso, acionou todos os seus fornecedores para que façam o rastreamento dos insumos utilizados para averiguarem a possibilidade de algum tipo de contaminação.
A empresa está solidária com todos os tutores de pets – nossos consumidores e razão de nossa empresa existir. Somos os maiores interessados no esclarecimento do caso. Por isso, a empresa vem tomando todas as providências para investigação dos fatos".