O secretário de Segurança Pública do Piauí, Chico Lucas, informou em entrevista ao meionorte.com que a Secretaria está terminando de dividir o território do Piauí em Áreas Integradas de Segurança Pública (AISP).
O gestor disse ainda que mais mudanças acontecerão na Segurança, principalmente em relação aos distritos dos bairros, que segundo ele, é um modelo fracassado.
“A gente vai mudar esse conceito de distrito, a primeira coisa que eu percebi é que o modelo de distrito está fracassado. O DHPP funciona muito bem, o DEPRE, Delegacia da Mulher, DRACO, todos funcionam porque são as especializadas, mas o modelo que cuida de roubo e furto do dia a dia, que são os distritos não funcionam, é muito ultrapassado, é quando Teresina era uma cidade pequena e você tinha ali no bairro uma unidade policial que conhecia toda a vizinhança, mas a cidade cresceu. Por exemplo nos temos um distrito na Piçarra, um na Vermelha e um no São Pedro, mas lá na Santa Maria da Codipi não tem, ou seja, a cidade expandiu e a massa de distrito está centralizada, temos que distribuir essas áreas e cobrar eficiência na investigação”, disse.
Sobre a Central de Flagrantes, Chico Lucas destacou: “A Central de Flagrantes é justamente isso, para compensar a falta dos distritos no final de semana eu crio uma central. Se eu desconcentrar a Central e concentrar os distritos eu vou ter esse modelo que eu estou querendo que é das áreas. Se eu tivesse quatro a cinco áreas em Teresina, uma por zona eu não ia ter uma Central, ia ter várias, a Central é para compensar o fato do distrito não funcionar no final de semana, nós temos que repensar”, comparou.
Segundo ele, o AISP consiste em fazer coincidir as áreas geo-técnicas de atuação policial mediante planejamento científico comum de ações e operações. “A primeira coisa que a gente está terminando é dividir o território do Piauí em áreas integradas de Segurança Pública, então em todo o Brasil existe o que a gente chama de AISP. Você tem um distrito policial e um batalhão as áreas deles não coincidem então a gente quer dividir todo o estado, Teresina em especial em áreas, essa área vai ter um coordenador da civil e um coordenador da militar. Mas quem é o coordenador? é o chefe do batalhão e o delegado daquela área para que eles sejam diretamente responsáveis pelas ações e haja um integração com a sociedade. Nós cobramos ao comandante, ele está estudando um policiamento comunitário quando nós tivermos esse 1.600 novos policiais”.
O secretário acrescentou ainda que hoje em Teresina há uma distorção no número de distritos com o de batalhões. “Hoje em Teresina nós temos 9 batalhões e a região metropolitana de Teresina tem 25 distritos, há uma distorção do número de distritos com o número de batalhões. A gente quer que haja uma coincidência de atribuições para que a gente possa cobrar, estamos avaliando métricas principalmente da Polícia Civil”, declarou.
“O governador disse que é pra gente procurar uma solução. Eu não sou um especialista em segurança, mas eu sou um questionador e vou fazer os questionamentos necessários. Você piauiense acha que ter um distrito no bairro é sinal de segurança? vocês estão satisfeitos com os serviços dos distritos?”, questionou.