A presidente do Chile, Michelle Bachelet, admitiu nesta quinta-feira (4) que o governo deverá recorrer a empréstimos internacionais para reconstruir o país, atingido por um terremoto de 8,8 graus na escala Richter no último sábado (27).
O tamanho do financiamento necessário ainda não foi definido. Bachelet, que fica no poder até o dia 11 de março, quando o presidente eleito, Sebastián Piñera, assume o cargo, também disse que a reconstrução do país pode levar até quatro anos. Em entrevista à rádio local ADN, a governante afirmou
- Acredito que (a reconstrução do país demorará) praticamente todo o próximo governo (4 anos) ou pelo menos 3 anos. É um terremoto devastador. O próximo ministro da Fazenda chileno, Felipe Larraín, disse nesta quarta-feira (3) que estava estudando diferentes opções para levantar fundos para reconstruir a infraestrutura do Chile.
Segundo analistas, o governo pode também recorrer a reservas alcançadas com recursos da exploração do cobre. O Chile é o maior produtor mundial do minério. Estimativas iniciais dão conta de que os prejuízos causados pelo terremoto podem chegar a R$ 53 bilhões (US$ 30 bilhões).
Tremor causou tsunami e matou mais de 800 pessoas O terremoto de 8,8 graus na escala Richter atingiu principalmente o centro-sul do Chile, causou tsunamis que varreram diversas cidades do litoral e matou, até o momento, 802 pessoas. Na última terça-feira (2), a Marinha chilena admitiu que falhou ao não manter o alerta de tsunami para o litoral do país por mais tempo. Testemunhas dizem que diversas pessoas que tinham buscado refúgio em locais altos acabaram mortas pelas ondas gigantes depois de terem voltado às suas casas.