Várias famílias ficaram desabrigadas e povoados isolados após o rio Parnaíba transbordar com as fortes chuvas registradas entre sábado (26) e domingo (26), no município de Uruçuí, a 474 km de Teresina. Essa foi maior cheia dos últimos anos.
Em nota nas redes sociais, a prefeitura do município confirmou a situação. “O rio Parnaíba está transbordando atingindo sua maior cheia dos últimos anos. A chuva chegou trazendo alegria para pescadores e agricultores da região, mas também prejuízos para algumas famílias que vivem na região ribeirinha”, anunciou a Prefeitura de Uruçuí em suas redes sociais. A gestão deve decretar estado de emergência.
Em entrevista ao Meionorte.com, o secretário de Defesa Civil do Estado, José Augusto de Carvalho, explicou que pelo menos 5 famílias que moram em uma zona mais baixa tiveram suas casas atingidas. Segundo ele, o rio recebeu uma forte carga de água devido as últimas chuvas, além do fato da região ser um encontro de rios, entre Parnaíba e Balsas.
“Nós estamos aqui na secretaria aguardando mais informações. O rio recebeu uma carga de água muito forte e ali é um encontro de rios, balsas com parnaíba. Então o principal afluente do Parnaíba, é o rio balsas e todos os dois estão com uma vasão altíssima e nesse momento está passando 1900 cúbicos por segundo, então você imagina a quantidade de água”, disse.
Ainda de acordo com o secretário, a situação está sendo monitorada e logo deve se normalizar, em função da barragem Boa Esperança que receberá essas águas. “Logo a situação vai se normalizar em função da barragem estar esperando receber essas águas para recarregar o principal depósito de água do Piauí. Esperamos que essa situação logo se reestabeleça, porém, de olhos abertos para o reflexo dessa situação”, destaca.
Outro agravante na região
José Augusto anunciou ainda que uma outra situação grave ocorreu na região: a estrada que liga Uruçuí a Ribeiro Gonçalves e Baixa Grande do Ribeiro rompeu por conta das chuvas durante a madrugada, o que pode causar diversos transtornos para a região e na ajuda aos desabrigados.
“Já conversei com o DER para ver se tem algum engenheiro na região para buscar uma solução. A estrada está totalmente cortada. Tem que diminuir o volume de água lá, se não, não podemos fazer nada”, conclui.