A Companhia Independente de Policiamento de Trânsito (CIPtran) é responsável hoje pelo policiamento de trânsito de toda a Teresina, juntamente com outros órgãos. O serviço, no entanto, segundo o comandante da CIPtran, major Leandro de Melo Castelo Branco, não está sendo realizado a contento por falta de pessoal e de viaturas.
A companhia funciona com 90 homens, cinco viaturas e seis motocicletas. Essa estrutura é responsável pelo atendimento de cerca de 15 acidentes diários que acontecem em Teresina, a maioria deles no mesmo horário.
Segundo o major, para que o trabalho seja bem realizado, são necessários pelos menos mais 30 homens, uma viatura e três motos. Além disso, de acordo com comandante da CIPtran, é necessária uma reorganização dos serviços da companhia.
?Teresina possui cerca de 360 mil veículos, dos quais 130 são motocicletas e com a estrutura que temos é complicado dar conta de todas as ocorrências. Nós fizemos um documento com o planejamento dos nossos serviços. Nosso objetivo é dividir a cidade em cinco áreas e dividir nossas equipes de acordo com essa reorganização. Dessa forma vamos conseguir realizar nosso trabalho sem deixar ninguém esperando por muito tempo nas ocorrências?, disse.
Segundo o major, o número de acidentes é maior nos horários entre 7h30 e 12h e entre 14h e 18h, quando o fluxo de veículos aumenta na capital. ?Nesse horário os acidentes são mais comuns porque tem mais carros nas ruas.
É nesse intervalo de tempo que nosso trabalho é dificultado, pois não temos como estar nas ocorrências na hora que elas acontecem. Quando acontece um acidente nesses horários é possível que a pessoa tenha que esperar até mais de uma hora para nós chegarmos ao local. Já nos demais horários a demora é só de cerca de 15 minutos, que é o tempo necessário ao deslocamento da viatura?, pontuou.
O major explica que a demora acontece porque não há como a equipe que está atendendo uma ocorrência seja deslocada para outra sem encerrar os procedimentos da primeira. ?Quando muitos acidentes acontecem ao mesmo tempo as equipes ficam ocupadas e não dá para deslocá-las sem que elas tenham realizado o atendimento na ocorrência em que se encontram. Nós não podemos realizar um trabalho mal feito para tentar chegar em todos os acidentes em tempo hábil?, argumentou.