O cirurgião Ivo Pitanguy morreu na tarde deste sábado, aos 90 anos. O seu corpo será velado amanhã, a partir das 13h, no Memorial do Carmo. Às 18h, será a cerimônia de cremação. Segundo a assessoria de imprensa do médico, ele sofreu uma parada cardíaca em casa. No último dia 5 de agosto, o cirurgião participou do revezamento da tocha olímpica em Botafogo, Zona Sul do Rio.
Com mais de 900 livros publicados aqui e no exterior, o professor era membro da Academia Brasileira de Letras e da Academia Nacional de Medicina. O médico foi o responsável pela criação do serviço de queimados da Santa Casa de Misericórdia, no Rio. Ele também criou o serviço de cirurgia plástica reparadora daquela instituição. O mestre deixa quatro filhos e cinco netos.
"Nós estamos perdendo um de nossos mais representativos acadêmicos, alguém que honrava a casa. Estou muito impactado, bastante emocionado. Ele era representativo em todos os sentidos, como acadêmico, como amigo e como cidadão. Ele cumpriu o destino dele com a vida que teve", disse o presidente da ABL Domício Proença Filho.
"O professor Ivo Pitanguy é uma das pessoas mais maravilhosas da história da medicina brasileira, senão a mais. Primeiro pela pessoa, como humanista. Soma-se a isso a sua lealdade aos princípios éticos da medicina. Um exemplo de médico, colega e professor", lamentou Dr. José Galvão Alves, diretor de ensino e pesquisa da Santa Casa de Misericórdia do Rio e vice-presidente da Academia Nacional de Medicina.
"Foi um homem completo, dotado de uma sensibilidade social enorme e um inovador. Seguramente, sua capacidade respeitosa de lidar com as pessoas e os pacientes o colocaram numa galeria de notáveis da medicina brasileira. Um ícone, um homem à frente de seu tempo", Evandro Tinoco, diretor clínico do Hospital ProCardíaco e professor da Universidade Federal Fluminense.