Tratar doenças como tumores em geral no aparelho urológico, cálculos urinários, entre outros problemas, de uma forma muito mais econômica e que proporcione recuperação rápida ao paciente. Essas são algumas das
vantagens da cirurgia por via laparoscópica na Urologia, técnica que foi iniciada em 1990, para a retirada de um rim, e que vem sendo cada vez mais difundida graças à sua eficácia. Em Teresina, pacientes também vêm sendo beneficiados nos últimos anos com a técnica.
Como explica o urologista Giuliano Aita, "A ciência médica evolui a passos largos e vivemos a era da cirurgia minimamente invasiva. Pacientes e médicos tornaram-se mais exigentes. Eles desejam e esperam menor dor, menores incisões, menor tempo de recuperação e, acima de tudo, resultados satisfatórios"
A técnica consiste em 3 ou 4 pequenos cortes na região abdominal do paciente, através do qual são inseridas pinças cirúrgicas e uma câmera acoplada a um sistema de vídeo. A magnificação da imagem é responsável por maior precisão cirúrgica.
Se para o cirurgião, a técnica oferece essa precisão, para o paciente significa um conforto muito maior, já que, segundo o especialista, há um menor tempo de internação, a recuperação é bem mais rápida, assim como o retorno às atividades cotidianas. " O avanço tecnológico trouxe à tona uma infinidade de novos equipamentos,
exigindo cada vez mais esforços, desenvolvimento de novas habilidades e investimentos
dos especialistas para manterem-se atualizados e hábeis ao exercício das novas vias de
acesso cirúrgico", reforça Aita.
Ainda segundo o cirurgião, as mudanças mais evidentes podem ser vistas em algumas cirurgias, como as que envolvem o rim e a glândula chamada ?adrenal?. Isso porque, as técnicas tradicionais abertas deixavam cicatrizes bem grandes, além de causarem muitas dores pós-operatórias e, em alguns casos, até era necessária a retirada de alguma costela. Como resultado de tudo isso, a recuperação do paciente era muito mais lenta. Giuliano diz que quase todas as cirurgias renais ou adrenais podem ser realizadas pela técnica laparoscópica, tais como a retirada de parte ou de todo o rim ou a reconstrução de estreitamentos que dificultam a drenagem de urina, cálculos, tumores, etc. ?Mas novas coisas já surgiram, como o uso da robótica para auxiliar as cirurgias urológicas. No Brasil há vários centros que dispõem desta tecnologia permitindo maior conforto ao cirurgião, além de maior precisão e amplitude de movimentos. É possível que em breve a região nordeste seja contemplada com esta tecnologia robótica, que tem sido bastante utilizada no tratamento cirúrgico do câncer de próstata. Aqui no Piauí, estamos acompanhando estas mudanças e
procurando implementá-las nos nossos pacientes?, assevera Giuliano.