Água na geladeira, no chuveiro e na pia são necessidades básicas. Mas esse benefício não chega a todos. A seca prejudica os modos de subsistência e acarreta sofrimentos diários, como é o caso de quem percorre caminhos com baldes na cabeça e ainda assim precisa dividir a água com animais, apresentando perigos de contaminação.
Para ajudar essas pessoas que vivem nessas condições, são estabelecidas as construções de cisternas, que são os reservatórios de água potável. Um exemplo de atitude que pretende solucionar os problemas de populações que enfrentam esse problema é o trabalho do Instituto Viva Cidadania (IVC), apoiado pelo Comitê Betinho, que completa, nesta sexta-feira, a milésima cisterna construída. Ela será inaugurada hoje, em Piripiri, no Assentamento Residência.
O presidente e voluntário do Comitê Betinho, que foi fundado em 1993, por funcionários do antigo Banco do Estado de São Paulo (Banespa), José Roberto, chegou em Teresina na manhã de quinta-feira e contou mais sobre a ação de cidadania contra a fome e a miséria, realizadas pelo Comitê. A parceria com o Piauí foi firmada com o Instituto Viva Cidadania, que é vinculado ao Banco do Brasil.
“Só quem esteve aqui e conhece avalia a importância da cisterna. A cisterna evita que pessoas entre homens, mulheres e crianças andem quilômetros para buscar água, que muitas vezes é compartilhada por animais e contém até contaminações".
Nessa parceria com o Piauí, já foram construídas 335 cisternas no Estado, sendo 190 com recursos próprios do Comitê Betinho e com o Instituto Viva Cidadania (IVC), que já atingiu uma marca de 100 cisternas, e com outras ONGs do Piauí, com a construção de cerca de 45 reservatórios. “Estamos orgulhosos de ter fincado a bandeira de Betinho no Piauí, através de 335 cisternas, e queremos fazer muito mais", conta José Roberto.