Ex-diretor do Grupo Bandeirantes, Cláudio Petraglia morreu, aos 91 anos, vítima da Covid-19. internado há um mês em um hospital do Rio de Janeiro, ele não resistiu às complicações da doença.
De uma trajetória marcante na TV Bandeirantes, atuou como diretor artístico em 1972. Foi um dos que contribuiu para a fundação da Band RJ(1977). Nessa época revolucionou o meio unindo três pilares: jornalismo, esportes e entretenimento.
Com muito profissionalismo, dedicou mais de trinta anos ao Grupo Bandeirantes. Atualmente estava recuperando arquivos do teatro Cacilda Becker para fazer uma reedição que iria ao ar no canal.
Responsável por grandes momentos da televisão brasileira, dedicou sua vida às artes e dirigiu sucessos da dramaturgia e da música popular brasileira, cujo maior acervo encontra-se na Bandeirantes.
Biografia
A biografia dele é pontuada por sucessos musicais, teatrais, televisivos e cinematográficos que fizeram história, entre eles, “Hair”, “Tarzan”, “A Moreninha”, “Memórias de Um Sargento de Milícias”, “Vila Sésamo”, “Revista do Henfil” e “São Paulo Sociedade Anônima”, obras reconhecidas pelo público e pela crítica através de premiações como Molière, Coruja de Ouro, Saci (jornal O Estado de S. Paulo), Associação Paulista de Críticos Teatrais e Prêmio Governador de São Paulo.
Ao longo da carreira, Cláudio foi maestro, poeta, compositor, novelista, produtor, ator e roteirista. Em 1964, escreveu a novela “O Pintor e a Florista”, para a TV Excelsior e, no ano seguinte, “O Mestiço”, na TV Tupi.
Em 1969, ajudou a fundar a TV Cultura, onde também atuou como diretor artístico, além de ter sido diretor-presidente do Pólo Cine e Vídeo de Comunicação, localizado no Estúdio Oscarito.
Cláudio Petraglia deixa um filho, Marcelo Petraglia, fruto de seu primeiro casamento.