O empresário César de Medeiros, de 42 anos, chamado de Otário Chorão em uma fatura da Claro TV, recebeu da empresa uma carta registrada com pedido de desculpas pelo erro. O conteúdo da correspondência foi enviado também por e-mail na terça-feira (27), segundo relatos do cliente. A operadora confirma o envio e disse considerar a questão resolvida, já que adotou todas as providências necessárias.
No texto enviado ao assinante, a empresa pede "sinceras desculpas" e aproveita a "oportunidade para comunicar o desligamento do funcionário que cometeu o infortúnio".
A Claro também salienta que "tal ação não faz parte do padrão de qualidade exigido pela empresa e trata-se de um caso isolado". O documento diz ainda que a empresa está à disposição do cliente para "quaisquer esclarecimentos necessários".
Medeiros disse que, além da retratação, também foi convidado a conhecer as instalações da operadora, no Rio de Janeiro. "Acho que essa visita não tem nada a acrescentar na minha vida. Fiquei satisfeito com a atitude da empresa em me mandar esse retorno", explica.
Constrangimento
O empresário desconfia que a atitude do funcionário que alterou o cadastro foi motivada por um pedido de desconto no plano. Medeiros explicou que, na época, viu uma promoção da TV a cabo com valor menor do que ele pagava desde que contratou o serviço.
Segundo ele, a pessoa que o atendeu informou que, para ter acesso ao desconto, era preciso cancelar o contrato que estava em vigor e abrir um novo. Medeiros alega ainda que o procedimento foi feito sem que ele autorizasse, de forma que pagou pela rescisão e depois pela recontratação do serviço.
Foi então que, dias depois, ao pegar a correspondência, notou que o destinatário havia sido emitido em nome de "Otário Chorão". "Eu achei que fosse brincadeira, mas depois fiquei indignado", diz.
Ao comentar o caso com amigos, todos pensaram que o empresário havia forjado o boleto. "A primeira coisa que se pensa é isso, que é montagem", comenta.
Medeiros diz ainda que não guarda ressentimento. "Nós aprendemos a relevar, mas não tem como ignorar", conclui.