A Confederação Nacional da Agricultura (CNA) e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) lançaram, hoje (10), em parceria com outras entidades, o Projeto Pravaler. A iniciativa é um desdobramento do Projeto Biomas, criado em 2010 para oferecer, aos produtores rurais, soluções de proteção, recuperação e uso econômico sustentável de propriedades existentes nos seis biomas brasileiros (Cerrado, Caatinga, Mata Atlântica, Pampa, Amazônia e Pantanal).
Segundo a CNA, o objetivo do Pravaler é levar para o campo e ver colocados em prática os resultados das pesquisas desenvolvidas pelo Projeto Biomas, bem como outros conhecimentos.
De acordo com a confederação, as experiências e estudos realizados ao longo dos últimos dez anos indicam como os produtores rurais podem conciliar sustentabilidade e produção adequando suas propriedades às exigências da legislação ambiental, incluindo às regras específicas das Áreas de Preservação Permanente (APPs), Áreas de Reserva Legal (ARLs) e Áreas de Uso Alternativo (AUAs).
“Todo este conhecimento, este pacote de tecnologias de recuperação de passivos ambientais, precisa ser entregue ao produtor rural de alguma forma. Neste sentido, aproveitaremos os modelos de recuperação legal e produtiva, o que inclui calendários que indicam as melhores épocas para a coleta de sementes para fins de recomposição de áreas degradadas, entre outras informações”, explicou o coordenador de Sustentabilidade da CNA, Nelson Ananias, garantindo que todo o conteúdo será disponibilizada na plataforma Webambiente, da Embrapa.
Em um vídeo institucional, a CNA destaca que conhecer as características dos biomas brasileiros rende bons resultados não só para os produtores rurais, mas para toda a sociedade. Ainda de acordo com a entidade, para cumprir a legislação ambiental “mais completa do mundo” o produtor precisa de conhecimento, como, por exemplo, saber selecionar as espécies vegetais mais apropriadas para a recomposição ambiental e onde e como plantá-las, respeitando as especificidades de cada região.
Por Alex Rodrigues - Repórter da Agência Brasil - Brasília