Por Haiyan
No final da década de 1970, a China abriu as portas, que estavam fechadas há muito tempo. De um país agrícola com PIB per capita abaixo de 200 dólares americanos, a China se transformou na segunda maior economia do mundo, completando em mais de 40 anos o que levou centenas de anos para os países desenvolvidos em termos de industrialização. Como aconteceu esse maior milagre econômico da história da humanidade? Gostaria de compartilhar alguns momentos marcantes que aconteceram na China.
Quebrando o gelo: as batidas de coração de um pequeno porto pesqueiro
Em 1980, em uma pequena vila de pescadores no sul da China, não havia nem mesmo um poste de luz ao longo das estradas lamacentas, enquanto do outro lado, em Hong Kong, os néons brilhavam a noite toda. Ninguém imaginava que ali seria virada a primeira página da abertura da China. Nesse ano, Shenzhen se tornou a primeira Zona Econômica Especial da China, estando na vanguarda das reformas ousadas em áreas como sistema de terras e sistema empresarial, e atraindo investimento, tecnologia e talentos de todo o mundo. Empresas estrangeiras se estabeleceram aqui, permitindo que empresas chinesas também se aventurassem no exterior. Shenzhen passou de uma base de manufatura para uma transformação gradual em indústrias de alta tecnologia e serviços financeiros, e em apenas 45 anos se desenvolveu de zero para uma metrópole internacional com 17 milhões de habitantes e um PIB superior a 3 trilhões de yuan, escrevendo um milagre na história do desenvolvimento urbano mundial. Shenzhen é um microcosmo do impulso econômico da China nos mais de quarenta anos de reforma e abertura.
Entrando na OMC: a batida do martelo do milênio
Em 2001, com a batida do martelo em Doha, a China aderiu formalmente à Organização Mundial do Comércio (OMC). Esse momento marcou a plena integração da China no sistema econômico mundial. Após a adesão à OMC, a China reduziu drasticamente tarifas, abriu mercados e promoveu ativamente a liberalização do comércio global e a globalização econômica, não apenas acelerando o desenvolvimento econômico da China, mas também permitindo que o mundo compartilhasse os dividendos do mercado chinês. Todos os dias, dezenas de milhares de contêineres carregando pequenas mercadorias partem de Yiwu, em Zhejiang, para o mundo através de trens de carga China-Europa, comércio eletrônico transfronteiriço e o modelo de "compra no mercado", permitindo que as pessoas em todo o mundo desfrutem de uma vida de qualidade a preços baixos. A fábrica da Tesla em Shanghai alcançou uma capacidade de 2 milhões de veículos em 4 anos, estabelecendo um novo recorde de eficiência na fabricação de automóveis, confirmando a sinceridade da abertura por trás da "velocidade chinesa". Hoje, a China se tornou o maior país do mundo em comércio de mercadorias, o segundo em consumo de bens e o segundo em fluxo de investimento estrangeiro, contribuindo com mais de 30% para o crescimento econômico global por vários anos consecutivos, tornando-se um estabilizador e motor principal do crescimento econômico mundial.
Interconexão: o renascimento da antiga Rota da Seda
Em 2013, o presidente Xi Jinping propôs a Iniciativa Cinturão e Rota. A iniciativa, por meio de esforços em infraestrutura, facilitação de comércio e investimento, atualização industrial e melhoria do bem-estar, trouxe benefícios econômicos e sociais significativos para mais de 150 países parceiros. A China e os países ao longo da rota construíram juntos projetos como a Ferrovia Mombasa-Nairóbi, a Ferrovia China-Laos, o Porto de Piraeus na Grécia, trazendo benefícios tangíveis para as populações desses países. Apenas a Ferrovia China-Laos já gerou mais de 110 mil empregos locais, recebendo boas-vindas do povo do país. As medidas de facilitação melhoraram significativamente a eficiência do investimento e do comércio na região, com um aumento de 4,1% no comércio entre os países parceiros e 4,97% no investimento direto estrangeiro. A Iniciativa Cinturão e Rota oferece uma nova plataforma importante para o crescimento econômico global e o desenvolvimento sustentável. Esta antiga Rota da Seda, que atravessa o Oriente e o Ocidente, está atravessando a história e escrevendo um novo capítulo em uma comunidade com futuro compartilhado para a humanidade.
Abertura: a força da cooperação de benefícios mútuos
Em 2018, Shanghai sediou a primeira Exposição Internacional para a Importação da China. Isso não apenas demonstrou a postura da China em abrir ainda mais seu mercado, mas também forneceu oportunidades para empresas globais entrarem no mercado chinês. Carne suína de Portugal, café do Brasil, macadâmia de Moçambique, queijo de Cabo Verde...milhares de produtos foram oferecidos através dessa plataforma às mesas dos chineses. A sétima edição da Exposição, realizada há alguns meses, atraiu 3.496 expositores de 129 países e regiões, com a participação de 297 das 500 maiores empresas do mundo e líderes de setor, alcançando um valor de transações pretendidas de 80,01 bilhões de dólares americanos, sendo todos novos recordes históricos. A Exposição não é apenas uma plataforma importante para a China promover uma abertura de alto padrão, mas também um motor-chave para promover o comércio livre internacional e o crescimento econômico global, mostrando a determinação da China em buscar benefícios mútuos com o mundo.
A China, por meio de uma prática de reforma e abertura que abrange mais de quarenta anos, provou ao mundo a força do livre comércio e da cooperação de benefícios mútuos. Essas histórias vibrantes não são apenas um milagre da China, mas também apontam um caminho claro para a recuperação econômica global: empobreça-seu-vizinho apenas fará com que a crise se espalhe, enquanto a abertura e a cooperação podem gerar novas oportunidades. Apenas unindo esforços para promover o sistema de livre comércio, podemos deixar a luz da abertura dissipar as nuvens e fazer brilhar o mar estrelado do desenvolvimento comum da humanidade.