Diante da iminência de uma nova guerra entre Israel e Hezbollah, os EUA anunciaram nesta segunda-feira (23) o envio de tropas ao Oriente Médio. O Pentágono não especificou o número de soldados ou suas bases de destino, mas informou que a decisão foi tomada após a escalada do conflito entre Israel e Hezbollah.
MAIOR ATAQUE AO LÍBANO
Nesta segunda, Israel realizou o maior ataque ao Líbano desde o início da guerra em Gaza, com bombardeios no sul, leste e em Beirute, resultando em 274 mortes. As tropas adicionais se juntarão aos 4.000 militares norte-americanos já presentes na região. O anúncio ocorre no mesmo dia em que a Embaixada dos EUA no Líbano pediu a seus cidadãos que deixem o país por conta do risco de uma guerra regional.
"Devido à natureza imprevisível do conflito em andamento entre o Hezbollah e Israel e as recentes explosões em todo o Líbano, incluindo Beirute, a Embaixada dos EUA pede aos cidadãos americanos que deixem o Líbano enquanto as opções comerciais ainda permanecem disponíveis", alertou o Departamento de Estado no sábado.
BOMBARDEIOS DE ISRAEL
O Ministério da Saúde do Líbano relatou 274 mortes e mais de 1.024 feridos após um amplo ataque aéreo de Israel nesta segunda-feira (23). Entre as vítimas, estão 21 crianças, 31 mulheres e profissionais de saúde.
Israel afirmou ter atingido um comandante de alto escalão do Hezbollah, Ali Karaki. Os ataques começaram de manhã em regiões do sul e leste do Líbano, e mais tarde bombardearam Beirute, que já havia sido alvo de um grande ataque na sexta-feira (20).
CERCA DE 800 ALVOS FORAM ATACADOS
Com os ataques, esta segunda-feira (23) se torna o dia mais sangrento no Líbano em mais de 18 anos, desde a guerra de 2006 entre Israel e Hezbollah. Segundo os militares israelenses, cerca de 800 alvos do grupo foram atacados, e o bombardeio é o mais amplo territorialmente desde o início das hostilidades entre as duas partes, há quase um ano.