Equipes de resgate na Espanha seguem, nesta quinta-feira (31), em busca de vítimas das piores inundações em mais de 50 anos, que causaram ao menos 95 mortes e deixaram desaparecidos. Cerca de mil militares foram mobilizados na região de Valência, a mais afetada, junto a bombeiros e policiais para localizar sobreviventes e remover destroços.
NÚMERO DE VÍTIMAS PODE AUMENTAR
O ministro de Política Territorial, Ángel Víctor Torres, alertou que o número de vítimas ainda pode aumentar. O primeiro-ministro Pedro Sánchez decretou três dias de luto nacional e visitará o centro de coordenação das operações em Valência.
Em um breve discurso na quarta-feira, o primeiro-ministro afirmou que o governo apoiará as pessoas afetadas e pediu que os moradores da região permaneçam atentos. A ministra da Defesa, Margarita Robles, anunciou o início da “segunda fase, de busca e resgate”, destacando a incerteza sobre o número de desaparecidos.
SEM ACESSO À ENERGIA ELÉTRICA
Nesta quinta-feira, milhares de pessoas seguiam sem acesso à energia elétrica na Comunidade Valenciana. Muitas rodovias permanecem bloqueadas, algumas por veículos arrastados pela água e cobertos de lama e destroços.
As autoridades informaram que Paiporta, na periferia de Valência, é uma das áreas mais afetadas, com quase 40 mortes, incluindo uma mãe e seu bebê de três meses. O presidente regional, Carlos Mazón, relatou na quarta-feira que os serviços de emergência realizaram 200 resgates terrestres e 70 aéreos com helicópteros, conseguindo alcançar todas as áreas isoladas.