O B-R-O-BRÓ chegou e junto com ele as temperaturas mais altas do ano. E, em períodos chuvosos ou nos mais quentes, uma das reclamações mais recorrentes dos teresinenses é em relação às paradas de ônibus da capital. Neste segundo semestre, quem precisa se deslocar pela cidade através de transporte coletivo sofre bastante com o sol forte e as altas temperaturas.
A professora Daiany Caroline Santos, afirma que todos os dias que precisa sair de casa para trabalhar, sofre ao ter que pegar um ônibus. Ela diz que em determinados horários do dia, o sol incide exatamente no ponto de ônibus e a estrutura do local não é suficiente para proteger os usuários do sol forte.
Ela afirma que não sai de casa sem sua garrafa de água e sempre toma todos os cuidados necessários para amenizar os efeitos das altas temperaturas.
“Eu costumo levar a minha garrafinha de água e fico procurando a sombra dos prédios. No meu ponto de ônibus tem algumas barracas de vendedores informais, que servem como esconderijo, mas também é um obstáculo a mais”, reclamou.
Já a estudante Ayana Nobre, que pega ônibus todos os dias em um dos pontos de ônibus da Avenida Frei Serafim, depois de meio-dia, ao sair do colégio, comenta que é sempre um sacrifício muito grande ter que enfrentar o sol forte.
“Dependendo do horário, as pessoas sobem nos bancos das paradas, para tentar não pegar sol nas pernas e nos pés, já que a pequena cobertura dos pontos de ônibus não protege disse. Para piorar a situação, os ônibus demoram muito e temos que ficar por muito tempo nessa situação”, reclamou.
O modelo de paradas de ônibus em Teresina não é eficaz na hora de proteger do sol e nem da chuva. Algumas possuem uma cobertura que não ameniza a incidência dos raios solares e outras possuem apenas uma placa afixada em um poste, indicando que ali é um ponto de ônibus.
Diante disso, e as pessoas precisam procurar sombras de árvores, de prédios, das barracas de vendedores informais e até de postes, para se proteger do sol.
O segundo semestre do ano em Teresina é marcado por altas temperaturas, que se intensificam ainda mais a partir do mês de setembro, quando tem início o período do B-R-O-BRÓ.
Segundo previsões do Climatempo, esta semana a temperatura máxima poderá chegar a até 38º C. Durante a última segunda-feira (01), primeiro dia do B-R-O-BRÓ, os termômetros marcaram 37º C.
Ainda de acordo com o Climatempo, não há possibilidade de chuva para essa semana e o céu deverá ter poucas nuvens, o que intensifica ainda mais a incidência dos raios solares.
A meteorologista da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semar), Sônia Feitosa, explica que este ano as temperaturas deverão ficar acima da média, podendo chegar até acima dos 40º C. "Os meses de julho e agosto, por exemplo, já apresentaram temperaturas acima da média e agora em setembro não será diferente", afirmou.
Ele disse ainda que a tendência é que as temperaturas passem a subir com o passar dos dias, até chegar o mês de outubro, quando são registradas as temperaturas mais altas do ano, em Teresina.
"Apesar de não termos estações do ano bem definidas, as características delas são percebidas. Agora nós estamos em um período de transição entre o inverno e a primavera, que é uma estação muito quente", disse.
Além das altas temperaturas, a umidade relativa do ar também preocupa, principalmente na região Sul do Piauí, onde está sendo registrado um índice de 14%. Já em Teresina, ele está em torno de 27 e 30%, nos horários de pico.
Apesar de não estar tão baixo como no Sul do Estado, a situação de Teresina também começa a preocupar. "Até 30% já se deve ficar em observação. Quando chega aos 20%, a situação já requer que se fique em alerta. Abaixo disso, a situação já está extrema e preocupa muito", alertou a meteorologista.
Essa umidade relativa do ar tão baixa, aliada às altas temperaturas registradas em todo o Piauí, além de trazer perigo à saúde dos piauienses e intensificar problemas respiratórios, também são responsáveis pelo aumento dos focos de queimadas em todo o Estado. "Neste período, mais do que nunca, as pessoas precisam ficar muito atentas, para evitar queimadas", disse Sônia Feitosa.
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