O consumo de álcool entre os jovens menores de 24 anos tem aumentado e gerado preocupação para os profissionais de saúde da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Dr. Antônio Dib Tajra, localizada no bairro Satélite, zona Leste. De acordo com o diretor-médico da UPA, Thybério Gyorgi, houve um aumento de 30% nos atendimentos de jovens em decorrência do abuso de bebida alcoólica e destilados.
O médico relata que a faixa etária atribuída a esses casos é alarmante, já que fica entre pacientes de 15 a 23 anos de idade.
“Aumentou o número de atendimentos e diminuiu a faixa etária. Já chegou adolescente de 17 anos que foi encaminhado diretamente para a sala vermelha. É preciso identificar esse ‘gatilho’ que vem causando tudo isso, já que é um problema social”, disse.
Thybério chama a atenção para o aparecimento de problemas de saúde graves que passam na urgência e chegam até a ficar internados.
“Antes a gente diagnosticava uma cirrose hepática em pacientes acima 40 anos, mas ultimamente eu tive o desprazer de conhecer um jovem de 23 anos com cirrose hepática etílica, ocasionada pelo consumo de álcool, que hoje está numa fila de transplante de fígado”, falou.
O estado ictérico que o paciente chegou representa uma das sequelas mais severas dessa prática que pode ocasionar vícios e até quadros de abstinência a essa droga socialmente aceita que atua no sistema nervoso central. O médico explica que a ingestão em excesso pode causar sintomas leves, moderados e até graves, dependendo da quantidade e frequência.
"Como consequência, há a desidratação, porque o cérebro entende que o organismo está recebendo líquido, depois o corpo passa a agir de uma forma diferente”, falou.