O brasileiro André Hack Bahi, 44 anos, que lutava como aliado das tropas ucranianas, morreu no país, conforme o Ministério das Relações Exteriores. As informações confirmadas nesta quinta-feira (09) afirmam que André foi baleado durante confronto no último domingo (05), em Sieverodonetsk. Com informações do UOL.
A irmã do soldado, Letícia Hack Bahi encaminhou um áudio ao portal UOL, na manhã de hoje, atribuído ao comandante da unidade do brasileiro. De acordo com ele, André morreu ao ser atingido por tiros dados pelas tropas russas. Foi a primeira morte de um brasileiro na guerra da Ucrânia.
Após morrer ao ser atingido por disparos, o corpo de André foi arrastado por um colega para que fosse retirado da zona de conflito e está em um necrotério na região, segundo a mensagem atribuída ao comandante da unidade.
"O rapaz puxou ele para um ponto de evacuação, já falecido. A notícia que a gente tem é que o corpo está no necrotério pela região. Todas as minhas condolências para a família. A gente também está muito abalado porque a situação foi muito trágica", disse no áudio o homem que se identificou como comandante da unidade de André.
Outros quatro integrantes do mesmo batalhão confirmaram a morte e se despediram de André em seus perfis nas redes sociais.
André faria parte da Legião Internacional de Defesa Territorial da Ucrânia. De acordo com a irmã, ele morava no Ceará e se separou de sua esposa antes de ir para a Europa. O corpo de Hack deve ser cremado e, as cinzas, jogadas em Quixadá, onde vivia.
"Nós decidimos que, para Porto Alegre, a gente não vai querer que ele venha. Nós vamos deixar as cinzas dele lá, um lugar maravilhoso que ele se apaixonou", comenta a irmã.
Nota do Itamaraty
O Ministério das Relações Exteriores recebeu, por meio da Embaixada do Brasil em Kiev, confirmação do falecimento de nacional brasileiro em território ucraniano em decorrência do conflito naquele país e mantém contato com familiares para prestar-lhes toda a assistência cabível, em conformidade com os tratados internacionais vigentes e com a legislação local.
Assim como tem feito desde o começo do conflito, o Itamaraty continua a desaconselhar enfaticamente deslocamentos de brasileiros à Ucrânia, enquanto não houver condições de segurança suficientes no país.
Ressalte-se que, em observância ao direito à privacidade e ao disposto na Lei de Acesso à Informação e no decreto 7.724/2012, mais informações poderão ser repassadas somente mediante autorização dos envolvidos ou de seus familiares diretos. Assim, o MRE não poderá fornecer dados específicos sobre casos individuais de assistência a cidadãos brasileiros.