Sidarta Gautama, o Buda, nasceu, se iluminou e abandonou o corpo físico (entrou no paranirvana) na lua cheia de maio, que ficou sendo conhecida como “a lua cheia de Buda”. É quando acontece o festival de Vesak, feriado em diversos países do sudeste e do leste asiático, além de ser comemorado em todos os países com maioria do budismo theravada e tibetano e por linhagens do hinduísmo que incluem Buda na cosmogonia hindu.
Segundo ensinamentos da antiga sabedoria, Vesak é o momento mais significativo do ano, quando um real evento celestial ocorre e se manifesta sobre a Terra. Considera-se que o próprio Deus envia bênçãos para toda a humanidade por meio de Buda e de Cristo. As informações são do Otempo.
O mestre ascensionado Djwhal Khul afirmou, nos livros de Alice Bailey, que “Vesak é o maior evento no nosso planeta e o que tem o maior efeito sobre a humanidade”.
“No mundo budista, todo ano, na lua cheia de maio, conjuntamente celebramos o nascimento, a iluminação e a entrada no paranirvana do Shakyamuni Budha, e esse evento é denominado Vesak. O nascimento do príncipe Sidarta Gautama foi considerado um fato de suprema alegria. Sua aparição neste mundo foi enaltecida e pressentida como um tesouro incomensurável, que traria grandes benefícios e bem-estar para todos nós”, comenta o monge zen-budista José Costa (Mokugen Sensei), abade do Templo Zen das Alterosas, em Belo Horizonte.
Segundo ele, a iluminação de Buda foi uma realização extremamente importante para toda a humanidade. “Ao iluminar-se, elucidou claramente a condição original da ‘vacuidade de todas as coisas’. Dessa maneira, exauriu completamente a concretude de todas as ilusões e de seus próprios egocentrismos. De uma vez por todas, ele clarificou completamente o mecanismo de funcionamento da mente humana e ratificou claramente a sua estrutura originalmente vazia”.
O monge Mokugen diz que “Buda percebeu a contaminação de sua própria mente e, ao obter o estado anterior à contaminação da mente, por fim, alcançou o nirvana. Debaixo da árvore bodhi, experimentou a grande iluminação. Ao entrar em meditação, no oitavo dia, ao ver a estrela da madrugada, emancipou-se completamente das ilusões e alcançou a grande e verdadeira libertação”.
Por isso, os budistas de todo o mundo celebram a data tão auspiciosa para aqueles que decidem contemplar a própria mente e trilhar o caminho da iluminação. “Quando homenageamos e louvamos o sublime estado de satori (iluminação) do Buda, significa que nós também estamos identificando e nos harmonizando com o seu supremo estado de iluminação. Oxalá possamos alcançar o mesmo estado de nirvana do Buda”, conclama o monge Mokugen Sensei.
Nascido da axila direita de Maya
Reza a lenda que Maya, a esposa do rei do Império Shaka, sonhou com um elefante branco pousando em seu ventre. “Assim, inicia-se a concepção de tão grande personalidade, o príncipe Sidarta Gautama, o Buda. Ao se aproximar do nascimento, Maya partiu para o país de Kória, sua terra natal. No meio do caminho parou para um descanso, no jardim de Lumbini (cidade do Nepal). Ali, se viu tomada de grande alegria, pela beleza e perfume de uma flor de brancura imaculada”, conta o monge zen-budista Mokugen Sensei.
E prossegue: “De olhos encantados, Maya ergueu o braço direito para colher um galho da flor, e nesse exato momento começava o nascimento de Buda, lendariamente nascido a partir da axila direita de Maya. A lenda revela que Ele foi um dos últimos bodhisatvas (iluminados), que desceu de um mundo celeste e entrou no ventre de Maya”.
A professora de ioga Maria José Marinho explica que durante o Vesak “é quando a humanidade tem a possibilidade de receber as bênçãos do Buda, do Cristo e dos mestres da sabedoria que vigiam para guiar nossa evolução espiritual. Todos os que fazem parte do Vesak recebem uma parcela de luz” finaliza. (AED)