Comer de 3 em 3 horas. Verdade ou mito?

Essa orientação da frequência alimentar de cinco ou seis refeições por dia é mais recente

Grande é a dúvida sobre quantas refeições devemos fazer ao dia | Bigstock
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A frequência alimentar, ou seja, quantas refeições devemos fazer ao dia, é uma grande dúvida entre os que desejam seguir uma alimentação saudável. Na cultura ocidental, é comum a ideia de que a ingestão diária de alimentos deve ser dividida em três refeições: café da manhã, almoço e jantar. Muitas vezes os nutricionistas sugerem adicionar dois lanches pela manhã e de tarde para ajudar a controlar o apetite, mas será que os estudos científicos comprovam essa teoria?

Essa orientação da frequência alimentar de cinco ou seis refeições por dia é mais recente. Sabemos que os antigos romanos tinham apenas uma refeição substancial, geralmente consumida por volta das 16 horas. Eles acreditavam que comer mais do que uma vez por dia, não era saudável. Embora também comessem de manhã e ao meio-dia, essas refeições eram a base de frutas, sendo leves e rápidas. Mais tarde, os hábitos dos monges influenciaram o comportamento alimentar das pessoas comuns. O termo desjejum significa “quebrar o jejum da noite”, apontando que é a primeira refeição após a noite dedicada à oração.

Os autores sugerem que um padrão ótimo para as refeições seria:  o consumo do café da manhã, com uma maior proporção de energia no início do dia. A frequência de refeição reduzida, com duas ou três ao dia, e períodos regulares de jejum. Essas bases alimentares podem fornecer benefícios fisiológicos, como redução da inflamação, regulação do ciclo circadiano, resistência ao estresse e modulação do microbiota intestinal.

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Pontuamos que o que é saudável para um, não necessariamente é para o outro. A sua frequência alimentar pode ser individual. Ou seja, depende da sua fome, da sua saciedade, da sua rotina, bem como da sua cultura e hábitos sociais. É importante ressaltar que a alimentação saudável depende de um conjunto de fatores como, qualidade, quantidade dos alimentos que você consome e o seu comportamento alimentar. Ou seja, se você come com atenção, se você tem fome emocional, entre outros fatores, e não apenas a frequência das suas refeições.

“É preciso ir muito além dos cálculos e fórmulas nutricionais, e analisar os hábitos, preferências e rotina de cada pessoa para conseguir chegar no modelo ideal individualizado e com a quantidade de refeições diárias. Alguns precisam de mais energia, outras de menos; alguns, por mais que precisem de menos energia, preferem comer em pequenas porções e assim alimentar-se mais vezes ao dia. Tem gente que faz muito exercício, e outras passam dias nos escritórios. São realidades e necessidades diferentes, por isso é tão importante ter a ajuda de um nutricionista para chegar no modelo ideal personalizado. Precisamos nutrir e identificar as necessidades do nosso corpo e não estabelecer regras rígidas que não respeitam as nossas particularidades”, analisa Lara Taranto, nutricionista e Consultora Científica na Flormel.

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